Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Zheng, Yingying |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-11062021-111425/
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Resumo: |
Estudos têm mostrado que a composição imunológica do leite materno pode sofrer alterações durante o período de infecção dos lactentes, levando à presença de um maior número de leucócitos no leite. As quimiocinas e seus receptores específicos possuem um papel fundamental no processo de migração celular para os tecidos e influenciam a presença dos leucócitos no leite. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis alterações no perfil de expressão das quimiocinas e de seus receptores envolvidos no homing de leucócitos para o leite materno em resposta a infecções respiratórias presentes nos lactentes. A casuística foi composta por amostras de sangue periférico e de leite maduro de 33 mães saudáveis de lactentes com infecção respiratória (Grupo I) e de 26 mães saudáveis de lactentes saudáveis (Grupo S). A expressão dos receptores de quimiocinas e os níveis de citocinas séricas foram analisados por citometria de fluxo. As concentrações das quimiocinas no soro e no leite materno foram determinadas por ELISA. Não foi observada diferença na frequência de leucócitos totais no leite entre os grupos, porém houve um aumento da frequência dos linfócitos TCD3 totais e de linfócitos B, e também de macrófagos totais nas amostras de leite do Grupo I. As subpopulações de linfócitos T e B, no leite, não apresentaram diferenças em suas frequências entre os grupos, entretanto no Grupo I houve um aumento de macrófagos anti-inflamatórios e diminuição dos próinflamatórios comparado ao Grupo S. A análise dos receptores de quimiocinas mostrou que no Grupo I as frequências de CCR5 e de CCR6 nos linfócitos TCD4 naive e de CCR6 nos linfócitos TCD8 naive estavam diminuídas comparadas ao Grupo S. Além disso, houve uma prevalência de expressão de CCR5 nos linfócitos T do leite. Já nos macrófagos do leite, houve um aumento da frequência da dupla marcação CCR2+CX3CR1+ no CD16- no Grupo I comparado ao Grupo S. A análise das quimiocinas no leite mostrou um aumento dos níveis de CCL20, CXCL10, CCL2 e CX3CL1 e diminuição de CCL28 no Grupo I comparado ao Grupo S. As concentrações de IL-8 e IL-6 estavam elevadas nas amostras de leite de Grupo I em relação ao Grupo S e se mostraram positivamente correlacionadas com a produção das quimiocinas no leite, especialmente durante a infecção nos lactentes. Os resultados apresentados indicam que a infecção respiratória vigente no lactente influenciou a presença de linfócitos TCD3, linfócitos B e macrófagos anti-inflamatórios no leite materno, provavelmante em decorrência do aumento nos níveis de CCL20, CXCL10 e CX3CL1, que se mostraram positivamente correlacionados com as citocinas inflamatórias IL-8 e IL-6. Portanto, podemos concluir que há mudanças dinâmicas no perfil imunológico do leite materno em relação ao sangue, o que pode nos indicar algum tipo de adaptação deste excepcional compartimento imunológico de forma a prover ao lactente enfermo componentes bioativos específicos de proteção frente à infecção |