Avaliação do papel de quimiocinas e seus receptores na evolução das manifestações clínicas em portadores de doença de Chagas crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MELO, Adriene Siqueira de
Orientador(a): COSTA, Vláudia Maria Assis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18027
Resumo: Por contribuírem nos processos de migração diferencial de células imunes aos tecidos, quimiocinas e seus receptores estão potencialmente implicados na manutenção do infiltrado inflamatório observado na miocardiopatia chagásica crônica. Assim, avaliamos em pacientes com doença de Chagas crônica a associação da produção de quimiocinas e da expressão fenotípica para receptores de quimiocinas por células T CD4+, CD8+ e CD4+CD8+, com a presença e gravidade da manifestação cardíaca. Cinquenta e seis pacientes (Forma indeterminada, IND=20; Forma cardíaca leve, CARD1=20 e Forma cardíaca severa, CARD2=16), foram selecionados no Ambulatório de Doença de Chagas do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco/Universidade de Pernambuco. O sangue foi cultivado (1dia/37ºC/5%CO2) na presença de Antígeno Solúvel de Epimastigota (25μg/mL), de Fitohemaglutinina (5μg/mL) e mantendo-se um tubo sem estímulo. O sobrenadante e as células sanguíneas foram analisados por citometria de fluxo e as diferenças consideradas quando p<0,05. O grupo CARD2 apresentou maiores níveis de células T CD8+CCR1+, CD8+CCR3+, CD4+CD8+CCR1+, CD4+CD8+CCR3+, de Intensidade média de fluorescência (MIF) para CCR1 e CCR3, e de produção de CCL5 e CXCL8 que o grupo IND, além de maior produção para CXCL10 que o CARD1. O grupo CARD1 apresentou maiores níveis para células T CD4+CXCR5+, CD4+CCR4+, de MIF para CXCR5 e de produção de CXCL8 que os pacientes IND. É possível que as células e quimiocinas diferencialmente observadas nos indivíduos com a manifestação cardíaca estejam atuando por mecanismos de citotoxidade, oriundos tanto da resposta imune específica ao parasita quanto de possíveis processos autoimunes, para o estabelecimento dos danos tissulares e sintomatologia clínica nestes pacientes.