Pequena política do metropolitano formação histórica e agenciamento imobiliário da Rede Metropolitana de Transportes (1867-2022)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Iacovini, Victor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-07122023-122118/
Resumo: A desigualdade sócio-espacial e a morosidade na expansão das redes de transporte público coletivo de alta e média capacidade sobre trilhos colocam a compreensão da formação, ritmos e agenciamentos da Rede Metropolitana de Transportes como questões de primeira grandeza no campo do planejamento urbano e regional. A problemática da Tese: o desenvolvimento desigual da Rede Metropolitana de Transportes (RMT) na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) entre 1867 e 2022. O trabalho visa contribuir para uma futura superação da abordagem fragmentada dos estudos (transporte versus imobiliário; trem versus metrô). Os objetivos: 1) compreender a formação discursiva duma mentalidade de governo economizada, sob dominância de temas, preocupações e propostas econômicas; 2) entender os modelos de produção do espaço e provisão de infraestruturas, de transportes metroferroviários e de negócios imobiliários; 3) revelar os lugares, tempos e ritmos heterogêneos na produção, circulação e realização da metrópole e do metropolitano. A hipótese: no bojo duma estratégia histórica de reforma neoliberal do Estado, as táticas de privatização do patrimônio estatal (agenciamento imobiliário, concessões, PPPs) produzem movimentos retóricos e mudanças espaciais na RMT, com o mote de superar a arritmia crônica e a dependência financeira. O método combina aportes teóricos do marxismo humanista (Lefebvre, entre outros) e do estruturalismo (Foucault, entre outros) numa abordagem histórica, materialista e dialética. O material estudado inclui, principalmente: revisão bibliográfica, levantamento e análise documental e discursiva, além de materiais iconográficos (mapas e fotos) e espacialização de dados (Google Earth). A Tese está estruturada em três partes que, por sua vez, estão divididas em itens e subitens. Cada Parte corresponde a um período no qual identificamos a dominância dum certo modelo de sociedade (arqueoliberalismo, desenvolvimentismo, neoliberalismo). Que discorrem sobre: a mentalidade de governo (2, 6, 10); o modelo de negócio (3, 7, 11) e as transformações decorrentes na geografia da metrópole paulista (4, 8, 12). Mais as considerações de cada parte e finais (5, 9, 13, 14) que sintetizam os principais argumentos. O avanço da privatização do patrimônio estatal (e do agenciamento imobiliário) produz uma retórica de inovação capitalista no setor metroferroviário mas não a esperada superação da arritmia crônica nem da dependência financeira históricas das empresas e da rede como um todo.