Estudo comparativo entre dois protocolos de profilaxia antibiótica em procedimentos odontológicos realizados em pacientes imunossuprimidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lopes, Diana Rosado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-12032010-164202/
Resumo: Estudos sobre profilaxia antibiótica em pacientes imunossuprimidos submetidos a procedimentos cruentos odontológicos são bastante escassos, no entanto já existe um consenso de que estes pacientes são sabidamente de risco para infecção de sítio cirúrgico odontológico e que, portanto, necessitam de profilaxia antibiótica. Não é definido, no entanto, o regime profilático ideal para estes pacientes. O objetivo deste estudo é comparar a duração de antibioticoprofilaxia através de dois esquemas para prevenção de infecção após procedimentos odontológicos cruentos em pacientes imunossuprimidos transplantados renais ou hepáticos e em pacientes imunossuprimidos por quimioterapia. Este ensaio clínico foi randomizado e avaliou pacientes consecutivos com neoplasia e que fizeram uso de quimioterapia anti-neoplásica no último mês e pacientes transplantados de órgãos sólidos com medicação imunossupressora anti-rejeição, que necessitavam de exodontia e/ou raspagem periodontal como tratamento odontológico. O atendimento foi realizado na Divisão de Odontologia do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo e foram incluídos pacientes da rotina do ambulatório que atendiam aos critérios de inclusão para participarem do protocolo da pesquisa e que concordaram em participar, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os pacientes foram randomizados para um dos dois grupos de regime profilático (grupo 1 - uma cápsula de 500mg de amoxicilina duas horas antes do procedimento odontológico; grupo 2 duas cápsulas de 500mg de amoxicilina, sendo a primeira duas horas antes do procedimento e a segunda oito horas após a primeira) e realizaram exame de sangue para avaliação da cultura hematológica após a realização do procedimento, sendo acompanhados durante um mês. A amostra calculada foi de 414 pacientes, sendo 207 em cada grupo. Os dados foram analisados através do programa SPSS Windows (versão 13.0, Chicago IL) e a partir daí foi obtida uma tabela descritiva e utilizado o teste qui-quadrado para comparação das variáveis entre os dois grupos. O nível de significância foi de p< ou = 0,05. Foi realizada também uma análise multivariada. A amostra foi analisada durante o período de novembro de 2006 a novembro de 2007. Não ocorreram os seguintes desfechos: infecção do sítio cirúrgico, antibiótico introduzido pelo médico no pós-operatório em até 30 dias após o procedimento odontológico e morte até o 15º dia após o procedimento odontológico. Os desfechos encontrados foram: necessidade de tomar analgésico após o 3º dia e até o 15º dia após o procedimento (3 no grupo 1 e 1 no grupo 2) e internação hospitalar até o 15º dia após o procedimento (2 no grupo 1 e 1 no grupo 2). A análise multivariada não alterou os resultados. Este estudo não demonstrou uma diferença entre utilizar uma ou duas doses de amoxicilina como profilaxia em procedimentos invasivos dentários em pacientes imunosuprimidos