Avaliação do imiquimode associado ao itraconazol como alternativa terapêutica na esporotricose experimental em camundongos imunossuprimidos e imunocompetentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Manente, Francine Alessandra [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149733
Resumo: A esporotricose é uma importante micose com distribuição mundial que acomete seres humanos e animais. A infecção é causada geralmente por inoculação traumática de fungos do complexo Sporothrix schenckii (integrado por: S. brasiliensis, S. globosa, S. luriei, S. schenckii stricto sensu e S. chilensis), podendo apresentar-se sob as formas cutânea, linfocutânea e sistêmica, esta última sendo mais comumente observada em pacientes imunodeprimidos. As ferramentas terapêuticas atuais contra esporotricose requerem longos períodos de tratamento e estão associados a efeitos adversos frequentes, às vezes graves. O itraconazol é o medicamento de escolha para a esporotricose, porém as doses elevadas e longo período de tratamento podem causar efeitos colaterais. Por isso, há uma grande necessidade de desenvolver métodos mais efetivos e seguros para a terapia antifúngica, principalmente em pacientes imunodeprimidos. O imiquimode é um composto imunoestimulante que tem demonstrado ser efetivo na terapia contra tumores e infecções crônicas na pele. Além disso, tem mostrado atividade microbicida, incluindo antifúngica, porém não existem estudos avaliando seu efeito terapêutico na esporotricose. Nossos resultados apontam que foi possível observar que o imiquimode apresenta ação antifúngica direta e capacidade de inibir e desestruturar o biofilme de S. schenckii, porém quando associado com o itraconazol não houve um efeito sinérgico. Além disso, o imiquimode é capaz de induzir a produção de NO em macrófagos peritoneais e potencializar a atividade fungicida dessas células. No modelo utilizado, a carga fúngica se concentrou mais no linfonodo drenante e atingiu nível sistêmico em menor escala. Quando os animais foram imunossuprimidos com ciclofosfamida, houve redução da frequência de células T helper e citotóxicas e células B no baço, favorecendo a infecção localizada e sistêmica. Quando testado em um modelo de infecção subcutânea, em camundongos imunocompetentes e imunossuprimidos, o tratamento com imiquimode associado ao itraconazol foi efetivo para o tratamento da doença apenas nos animais imunossuprimidos. Portanto, nossos resultados demonstram que o imiquimode associado ao itraconazol pode ser uma possível alternativa para o tratamento da esporotricose em pacientes imunossuprimidos.