A escrita da história de moçambique no romance Terra Sonâmbula, de Mia Couto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Paiani, Flavia Renata Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26032013-130057/
Resumo: O romance Terra Sonâmbula, do escritor moçambicano Mia Couto, foi publicado em 1992, ano em que chegava ao fim a guerra que durante dezesseis anos assolou Moçambique. O tempo da narrativa converge para o tempo da escrita, transformando o romance em narrativa alternativa à de cunho historiográfico. Os personagens que representam o povo são reabilitados das margens da história oficial e se tornam protagonistas da pequena história que Mia Couto se propõe a contar por meio do delineamento de certa ideia de africanidade, tradição e identidade nacional. Esta dissertação pretende, pois, analisar essa outra história de Moçambique que o autor escreve. Para tanto, perscruta nos interstícios do texto a relação com o contexto e seus silêncios desde a posição ocupada por Mia Couto na realidade moçambicana até a dinâmica da guerra e seu impacto sobre a população civil. Ao mesmo tempo, perscruta as mudanças e permanências do pós-guerra a fim de relacioná-las com a história a ser escrita em que residiria a esperança do romance.