Determinação de fatores que influem no grau de competição entre as plantas daninhas e a cultura do milho (Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1973
Autor(a) principal: Blanco, Hélio Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-151051/
Resumo: Um estudo das relações entre uma população heterogênea de plantas daninhas e plantas de milho, cultivar HD 7974, foi realizado. Objetivou determinar alguns fatores que influem no grau de competição entre comunidades de plantas, com a finalidade de trazer subsídios a um programa racional de aplicação de herbicidas, quando utilizados para anular os efeitos da competição das espécies daninhas à cultura do milho. Para isso, experimentos de campo foram conduzidos para determinar o período total em que as invasoras competem pelos fatores de crescimento do meio, e a superfície do terreno onde ocorre a competição, e foram realizadas análises foliares de N, P, K e Zn de plantas de milho vegetando em competição com plantas daninhas. Para uma lotação de 50.000 plantas de milho por ha., os resultados demonstraram que o grau de competição do mato estão relacionados com o número de indivíduos da comunidade vegetal daninha por área (densidade), e com o regime de chuvas. Uma infestação de mato correspondente a 700 indivíduos por metro quadrado, sob condições pluviométricas equivalentes a 50% das normais de chuvas, provocaram danos da ordem de 83,0% e 36,0%, na produção e na altura das plantas de milho, respectivamente; em condições de chuvas próximas das normais pluviométricas, 100 plantas de mato por metro quadrado, causaram prejuízos menores, ou cerca de 27%, na produção potencial do milho. No primeiro caso, o período de controle do mato, com início na germinação do milho, deverá ser maior que 30 e menor que 60 dias, para evitar danos por competição; quando existem condições de maior precipitação de chuvas e baixa densidade de mato, o período de competição deverá ser menor que os primeiros 30 dias. Por essas razões, o estudo conclui que as plantas daninhas competem pelos fatores de crescimento e produção até os primeiros 45 dias do ciclo vegetativo do milho. Os dados obtidos mostraram, também, que a competição ocorre em toda a superfície do terreno cultivado. As análises foliares das plantas de milho evidenciaram que as plantas daninhas, presentes na área cultivada, interferiram no estado nutricional das plantas, em relação ao nitrogênio e ao potássio, de maneira linear em função da superfície de competição. Para o fósforo e o zinco, não houve alteração na concentração desses elementos nas plantas cultivadas, quer em presença ou ausência de mato. O estudo sugere que o controle do mato deva ser realizado em toda a superfície cultivada, sendo necessário que os produtos químicos utilizados nesse controle, em forma de pré-emergência da cultura, tenham um efeito residual de pelo menos 45 dias a contar da germinação da cultura.