Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cusati, Iracema Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25022014-145738/
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Resumo: |
Mais tempo para os alunos nas escolas tem sido constante demanda na educação brasileira. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9.394/96, artigo 34, que estabeleceu a progressiva ampliação da jornada escolar para os alunos do Ensino Fundamental, a Rede Pública de Ensino de Belo Horizonte, em Minas Gerais, propôs uma Educação em Tempo Integral. Para ampliar a jornada escolar de alunos regularmente matriculados, entre seis e 14-15 anos, foi implantado o Programa Escola Integrada (PEI) nas escolas do município mineiro no ano de 2007. Pesquisas realizadas apontam que o referido programa propicia a melhoria do desempenho escolar dos alunos. Em consonância com este contexto, a presente pesquisa, de caráter predominantemente qualitativo, investigou as atividades desenvolvidas no turno regular, nas aulas de Matemática do 3º. Ciclo do Ensino Fundamental, e no turno oposto às aulas regulares, nas oficinas do Projeto de Intervenção Pedagógica (PIP), buscando compreender como a atuação de professores de Matemática tem promovido a progressão da aprendizagem dos alunos, entendida aqui como fonte de ampliação dos conhecimentos e dos horizontes culturais. Este estudo desenvolvido durante todo o ano letivo de 2011 foi orientado pela seguinte questão de investigação: Que representações e que resultados a Educação em Tempo Integral suscita em professores de Matemática e alunos do 3º. Ciclo de duas escolas públicas da Rede de Ensino de Belo Horizonte? Com o intuito de identificar e analisar as representações mais marcantes de aprendizagem da matemática enunciadas por professores e alunos, a fundamentação na teoria das representações formulada por Henri Lefebvre foi utilizada por levar em consideração não apenas os discursos dos sujeitos, como também as ações que realizam. Os procedimentos metodológicos adotados envolveram observação do cotidiano escolar, entrevistas semi-estruturadas com professores de matemática, com alunos e seus pais além de análise documental como fonte de informação para contextualizar a escola antes e depois da implantação do PEI. Como resultado constata-se que a educação em tempo integral propôs reorganizar o trabalho pedagógico e instituir novos tempos da e na escola, no sentido de desconstruir os mecanismos de exclusão e seletividade produtores do fracasso escolar. As representações dos professores e dos alunos sobre essa problemática elucidam que o tempo escolar ampliado possibilitou a melhoria da aprendizagem em matemática que também foi verificada pelos resultados das avaliações escolares e sistêmicas. Embora professores e alunos afirmem que as práticas inovadoras propostas pelo PEI não estão suficientemente consolidadas, em seus depoimentos reconhecem que a ampliação do tempo de permanência na escola tem promovido mudanças no cotidiano escolar e na cotidianidade da comunidade, nas relações entre o tempo vivido e o tempo social; portanto, coerentes com a perspectiva de escola que se deseja democrática, cidadã e inclusiva na direção de uma Educação Integral. |