Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Guridi, Veronica Marcela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-08102007-112712/
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Resumo: |
O problema da relação entre a docência e a pesquisa têm sido um tema amplamente discutido na literatura educacional. Desde os primórdios, com a concepção do professor pesquisador, até os tempos atuais, com as pesquisas colaborativas desenvolvidas tanto no Brasil quanto no exterior, têm surgido várias propostas para a superação da distância existente entre ser professor e ser pesquisador. Algumas dessas propostas acenam a possibilidade de pesquisar sobre a própria prática profissional, como uma tentativa de incorporar os saberes advindos da prática nas pesquisas desenvolvidas pelos professores. Nosso trabalho tem como objetivo analisar inclusão de professores no universo da pesquisa acadêmica em Educação em Ciências, através de uma disciplina chamada \"Introdução à pesquisa em Ensino de Ciências\", ministrada no programa de pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo. A pesquisa tenta dar resposta à pergunta: Quais seriam as condições para a inclusão e o reconhecimento do professor no meio acadêmico? A hipótese que norteou o trabalho é que a inclusão do professor na disciplina pressupõe uma via de mão dupla: por um lado, os professores precisam incorporar progressivamente ferramentas e critérios da comunidade científica e por outro, a Academia, representada pelos responsáveis da disciplina, precisa flexibilizar os critérios tradicionais sobre o que é fazer pesquisa para que seja incorporado o genuíno interesse do professor em explorar os saberes de sua prática. Por essa razão, temos centrado a nossa análise nos casos de professores que desejam pesquisar a sua própria prática, por considerar que essa pode ser uma via possível de superação da distância entre a docência e a pesquisa. O referencial teórico foi construído a partir da interação entre os dados coletados e a bibliografia consultada sobre o assunto, derivando na definição de um conjunto de indicadores dos movimentos inclusivos realizados em ambas direções: o movimento do professor para ser incluído na disciplina e o movimento de inclusão realizado pela Academia. A metodologia utilizada na pesquisa foi qualitativa, sendo desenvolvido um estudo de caso junto a duas turmas de professores matriculados na disciplina, acompanhadas durante o semestre em que a disciplina foi ministrada. As técnicas de coleta de dados incorporaram a observação participante, o registro de observação das aulas em notas de campo, a coleta de documentos e o registro em vídeo de algumas aulas. Como técnicas de análise foram utilizadas a análise de conteúdo e a análise de documentos, além da reconstrução da história da disciplina. Foram analisados em profundidade os casos de seis professores que queriam pesquisar sua própria prática. Os resultados mostram que, apesar de haver diferenças nos processos inclusivos dos seis professores, todos eles experimentaram avanços nas suas aprendizagens vinculadas a habilidades e competências necessárias a um pesquisador. Nas conclusões argumentamos que quando determinados critérios da comunidade científica são flexibilizados e quando a Academia realiza esforços de tradução da linguagem acadêmica para a linguagem utilizada pelos professores, e vice-versa, esse processo de inclusão se vê facilitado. |