O conhecimento abstrativo em Henrique de Gand (a. 1240-1293)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paiva, Gustavo Barreto Vilhena de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-08052018-140207/
Resumo: Henrique de Gand pode ser considerado um dos mais importantes mestres em atividade na Universidade de Paris do último quarto do século XIII. Em sua volumosa obra composta, principalmente, por sua Suma de questões ordinárias e por 15 conjuntos de Questões quodlibetais , Henrique disserta frequentemente acerca do conhecimento humano. Em particular, ele dedica amplo espaço em seus textos [1] à caracterização do homem como ser capaz de obter conhecimento e [2] à discussão sobre o modo como, uma vez afetado pelos objetos de conhecimento, o homem age (por suas potências cognoscitivas) para produzir tal conhecimento. Esse conhecimento simples, obtido por abstração dos sentidos, será a base para o conhecimento proposicional posterior. Entretanto, é patente uma fundamental dificuldade na filosofia de Henrique: tanto [1] a potência humana para o conhecimento como [2] a atividade humana para tal conhecimento são insuficientes para a produção de um conhecimento estritamente verdadeiro. Sendo assim, a doutrina da intelecção de Henrique, muito embora admita a ocorrência de um conhecimento intelectual por abstração a partir dos sentidos, igualmente aponta para a necessidade de uma ação divina, para além da abstração e da própria alma humana, que permita um conhecimento estritamente verdadeiro. O presente trabalho se concentra na descrição da noção de conhecimento abstrativo em Henrique de Gand para, ao final, apontar a problemática necessidade, sublinhada por nosso autor, de um ultrapassamento desse conhecimento proveniente dos sentidos.