Avaliação do periodonto de sustentação após a aplicação de forças ortopédicas, em ratos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Okada, Elaine Machado Pingueiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-03042019-082754/
Resumo: Introdução: Diabetes mellitus (DM) é uma desordem metabólica associada a diversas alterações sistêmicas e uma das características é afetar o metabolismo ósseo. As modificações teciduais induzidas pela força ortodôntica estão relacionadas à sua remodelação por ativação da reabsorção óssea alveolar no lado de pressão e conseqüente aposição óssea no lado de tração. Objetivo: avaliar o processo de remodelação do periodonto de sustentação através da análise imunohistoquímica e histológica após a aplicação da expansão rápida da maxila (ERM) em ratos sob estado diabético. Material e Métodos: Noventa ratos Wistar, machos, foram distribuídos aleatoriamente em seis grupos de estudo, contendo cada um, 15 animais: grupo C: animais não-diabéticos e sem expansão rápida da maxila (ERM); grupo DM: animais com diabetes mellitus (DM) induzidos por Streptozotocina (STZ); grupo ERM: animais com ERM; grupo DM+ERM: animais com DM + ERM; grupo DM+INS: animais com diabetes mellitus e tratados com insulina (INS); grupo DM+INS+ERM: animais com diabetes mellitus, tratados com insulina e realizada a ERM. Os animais foram submetidos à eutanásia 3, 7 ou 10 dias após a ERM. Foram realizadas análises histológicas qualitativas e imunoistoquímicas para avaliar a expressão da tríade protêica (TRAP, RANKL e OPG). Para as reações imunoistoquímicas foram realizadas análise qualitativa e semi quantitativa através da atribuição de scores para a intensidade da expressão das proteínas analisadas. Nos dados não paramétricos, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn nas comparações (p0,05). Resultado: Em relação aos aspectos histológicos houve alteração na disposição das fibras colágenas, morfologia dos fibroblastos, quantidade de vasos sanguíneos e quantidade de tecido ósseo neo-formado caracterizado pelas linhas incrementais nos grupos ERM, DM+ERM e DM+INS+ERM comparado com seus respectivos grupos controle. Qualitativamente, a neoformação do osso alveolar dos ratos diabéticos foi menor quando comparado com os normais e, a alteração sistêmica diabetes melittus promoveu redução significativa na taxa de formação e maturação óssea. O grupo ERM mostrou os maiores valores para indicadores de osteoclastogênese (TRAP) nos períodos iniciais sendo que nos grupos diabéticos (DM+ERM e DM+INS+ERM), essa expressão foi maior nos períodos finais do experimento. O mesmo comportamento foi verificado com as proteínas de remodelação e neo-formação óssea (RANKL e OPG) óssea. Conclusão: A diabetes mellitus atrasou o processo de reparo do periodonto de sustentação e alterou o turnover ósseo. A insulina utilizada para o controle do diabetes melhoraram as respostas, mas não restabeleceram completamente os valores iniciais do grupo controle. Porém, apesar das diferenças qualitativas nas respostas teciduais do periodonto, a condição diabética em estado inicial mostrou pouco impacto clínico sobre o procedimento de movimentação dentária induzida