Efeito do fortalecimento muscular no controle postural em pacientes com doença de Parkinson: um estudo controlado com alocação aleatória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Chen, Janini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-09122019-115121/
Resumo: INTRODUÇÃO: A restrição biomecânica por fraqueza muscular pode afetar o controle postural, mesmo nos estágios iniciais da doença de Parkinson (DP). A eficácia do treino de fortalecimento e como essa intervenção pode contribuir no controle postural de pacientes com DP não é clara. OBJETIVO: O objetivo primário foi avaliar mudanças no controle postural medida pela posturografia estática após 12 semanas de fortalecimento muscular (FM). Os objetivos secundários foram mensurar o efeito do FM utilizando posturografia dinâmica, desempenho motor, testes clínicos de equilíbrio e questionário de qualidade de vida. MÉTODOS: Nós realizamos um protocolo com alocação aleatória, com avaliador cego e três braços de estudo. Setenta e quatro pacientes foram alocados para: Grupo fortalecimento em aparelhos de musculação (Gmusc), grupo fortalecimento com peso livre e faixas elásticas (Gsolo) e grupo controle (Gc). Os pacientes foram avaliados nos momentos pré-intervenção, 13 semanas (uma semana após o término do programa de treinamento) e seguimento após 3 meses. No desfecho primário, analisamos as mudanças nas variáveis da posturografia estática em olhos abertos, olhos fechados e em dupla tarefa. Nos desfechos secundários, avaliamos a condição motora com Unified Parkinson\'s Disease Rating Scale - parte III (UPDRS-III); escalas de equilíbrio com Mini-BESTest (MiniBest), escala de equilíbrio de BERG (EEB) e teste Timed up e Go (TUG); posturografia dinâmica; questionário de percepção de qualidade de vida PDQ-39. RESULTADOS: O teste de ANOVA-two way não mostrou efeito de interação entre os grupos avaliado pela posturografia estática nas condições de olhos abertos, olhos fechados e tarefa dupla (p > 0,05). Melhora na pontuação motora do UPDRS-III foi obtida para ambos os grupos que realizaram o treino de fortalecimento. Além disso, foi encontrado efeito de interação para as escalas de equilíbrio MiniBest e EEB, que se estendeu até o seguimento após 3 meses no Gsolo (p < 0,05). Não houve interação para TUG e para as tarefas da posturografia dinâmica (p > 0,05). Em relação à qualidade de vida, a redução da pontuação do questionário PDQ-39 foi observada no domínio mobilidade no Gmusc (p=0.019). CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo clínico com alocação aleatória não mostraram alterações nos parâmetros de posturografia estática após 12 semanas de programa de FM. Ambos os grupos que realizaram treino de FM melhoraram a condição motora (UPDRS-III). Houve melhora na percepção da qualidade de vida para Gmusc. O grupo Gsolo obteve melhor desempenho nos testes funcionais de equilíbrio e este efeito se manteve até o seguimento após 3 meses