Avaliação de aprendizagem: o importante é errar!

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sanchez, Elúbian de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-20012014-161321/
Resumo: O aprendizado é o resultado desejado do processo educacional. Quando um aluno é exposto a determinadas experiências de ensino e oportunidades de aprendizagem de vários conhecimentos durante um período e, ao final de todo o processo, não aprender sequer os conhecimentos mínimos ou conceitos fundamentais daquele curso é um exemplo de não aprendizado. O não aprendizado dos alunos do curso de graduação em Ciências Contábeis pode ser de-duzido pelo baixo índice de aprovação em todas as edições do Exame de Suficiência, reali-zado pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. A proposta de pesquisa é aprofundar o entendimento dos erros cometidos pelos egressos que acarretam na reprovação em massa no Exame de Suficiência, com o intuito de classifi-cá-los e verificar se são padrões de erros conceituais em Contabilidade, buscando evidên-cias de que eles ocorrem com frequência, intensidade, recorrência e persistência. A base de dados dos Exames de Suficiência não pôde ser compartilhada pelo CFC, então adaptamos a pesquisa aos relatórios disponíveis do ENADE, exame nacional aplicado em larga escala também para os concluintes do curso de graduação em Ciências Contábeis. Foi feita uma análise minuciosa das questões dos ENADES de 2006 e 2009 que tiveram uma concentração de escolha pelos avaliados em uma das alternativas erradas, podendo superar a concentração da alternativa correta. Separamos as questões que tiveram este tipo de padrão de erro, combinamos com a per-cepção dos professores entrevistados e com a validação de professores consultores e sele-cionamos quinze questões que possuem padrões de erros conceituais em ao menos uma de suas alternativas. Estas questões foram respondidas por alunos ingressantes e concluintes de três Instituições de Ensino, para verificarmos a confirmação ou não dos padrões de erros conceituais. É um padrão de erro conceitual, se há maior concentração de escolha na alternativa con-tendo este tipo de erro, que competirá com a alternativa correta, revelando sua intensidade. A escolha será similar entre ingressantes e concluintes, indicando sua persistência, mesmo após o aluno ter sido exposto ao conteúdo durante o curso de graduação. Entre os demais tipos de erros, os padrões de erros conceituais são mais frequentes e per-meiam disciplinas diversas, por serem conceitos fundamentais para o entendimento da Contabilidade. O resultado é um forte indício da existência de um padrão de erro conceitual, que é a con-fusão entre os conceitos de regime de caixa e de competência. Esses conceitos são basila-res, não sendo admissível que o egresso do curso de graduação em Ciências Contábeis co-meta tais erros. O cálculo e raciocínio matemático permeiam os padrões de erros conceituais e a resolução de boa parte dos exercícios de todas as avaliações citadas nesse trabalho. São um padrão de erro, geralmente relacionados às quatro operações básicas de matemática: soma, subtração, divisão e multiplicação; o que também não é admissível para alunos que foram selecionados para ingressar em um curso superior e que saem ainda com estas deficiências.