Avaliação de métodos paramétricos e não paramétricos na análise da eficiência da produção de leite.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Souza, Daniel Pacifico Homem de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-07012004-151048/
Resumo: O objetivo principal do estudo é ofercer uma contribuição metodológica testando os métodos mais usados na análise da eficiência relativa, vis a vis comparando um produtor com um grupo de produtores assemelhados, ou então, um produtor com toda a amostra, como é o caso da fronteira estocástica. Os métodos testados foram o DEA (análise envoltória de dados), a fronteira estocástica e o procedimento de Varian, tendo como objetivo da investigação produtores de leite. Para se testar a hipótese que os produtores de leite são eficientes, quanto à escolha da isoquanta e do ponto que minimiza custo, dada a pressuposição de que os agricultores realizam escolhas corretas, utilizam-se dois grupos de métodos. Os métodos não paramétricos aproximam-se mais do ideal de comparar um produtor com o grupo em que se insere. A base de tecnologia é a do grupo, sem apelo à função de produção. Os paramétricos são mais exigentes, pois pressupõem uma função de produção que tem que ser estimada; porém, são mais ricos e consistentes, no que tange ao teste de hipótese. O DEA é classificado de não paramétrico, porque não propõe uma função com os parâmetros que são estimados. Mas, implicitamente, gera uma função de produção, via programação linear. São menos estruturados que a fronteira estocástica, e mais exigentes que o procedimento de Varian, no sentido de que este não pressupõe qualquer fronteira explícita, como o método da fronteira estocástica, ou fronteira implícita, como o DEA. O DEA e o procedimento de Varian são deterministas, visto não associar aos modelos qualquer estrutura de probabilidade. A fronteira estocástica explicitamente associa ao modelo uma estrutura de probabilidade, pela forma que se define o termo do erro da regressão; desta forma é mais rica em testes de hipótese. Duas amostras foram utilizadas para se testar as hipóteses propostas. A primeira refere-se a um grupo de 143 produtores comerciais de leite, com as propriedades distribuídas nos seis maiores estados produtores do Brasil. A segunda amostra de produtores de leite é composta de 114 observações localizadas no estado de Minas Gerais. O método de Varian foi o que produziu menos distúrios em relação aos insumos ou produto. Estabelece maiores incrementos à renda líquida que a fronteira estocástica e menos do que DEA. Sua solução fica mais próxima daquilo que é factível para cada produtor fazer. O método prescinde do conceito de uma fronteira, reordenando os custos em relação aos produtores que produziram mais e gastaram menos, embora o procedimento de reordenamento requeira programação quadrática. Portanto, é um método aderente à gestão. A fronteira estocástica não objetiva nem aumentar a renda líquida e nem reduzir custos. Seu efeito sobre a renda líquida foi até negativo e produziu um maior distúrbio nos insumos e muito pequeno no produto, o que sempre ocorrerá, quando a função de produção se ajustar adequadamente aos dados. O método Varian foi mais apropriado para testar a hipótese de que os produtores, por tentativa e erro, acabam se localizando na fronteira eficiente, no ponto que minimiza o custo. Uma ves que exige somente que os agricultores racionalizem os custos, obedecendo à regra de racionalização, e passando ao largo da dinâmica de mercado, pela qual os produtores convergem para o custo mínimo, o que pode demandar muito tempo, em função de restrições, inclusive de emprego em outros setores da economia. Com os dados de um ano ou de poucos anos, quando não se pode captar o movimento de convergência, o DEA e a maximização da renda líquida são procedimentos inadequados para testar a hipótese de Schultz.