Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Dias, Sylmara Lopes Francelino Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/90/90131/tde-25102010-231013/
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Resumo: |
A Tese visa a analisar a organização de catadores de resíduos recicláveis, tendo como quadro de referência a teoria institucional. Autores ligados ao movimento da economia solidária propõem a cooperativa popular como modelo de organização capaz de emancipar o trabalhador, ainda que operando em contexto capitalista. Esta tese parte da premissa de que a organização dos catadores em Redes de Economia Solidária não é de fato uma via para sua inclusão social. Para isto, optou-se pela análise da inserção de cooperativas de catadores na indústria de reciclagem da embalagem PET. Desse modo, a pergunta motivadora desta Tese é: como e por que está ocorrendo a inserção dos catadores na cadeia de reciclagem da embalagem PET? Esta problemática foi analisada sob o intrincado ponto de vista dos multistakeholders, considerados como atores específicos que interagem no campo organizacional da indústria de reciclagem. Especialmente, avaliam-se duas experiências cooperativistas organizadas em Redes de Economia Solidária: a Rede Cata Sampa, localizada em São Paulo e a Rede Cata Unidos, localizada em Minas Gerais. Procurou-se comparar a estruturação e formação destas duas redes construídas a partir da Coopamare (SP) e Asmare (MG). Por meio de uma abordagem exploratória de pesquisa descritivo-qualitativa, desenvolveu-se um estudo de caso único com várias unidades de análise (cadeia produtiva, organizações não governamentais, cooperativas de catadores, setor público, e consumidores). Foram utilizadas múltiplas fontes de evidências e triangulação de técnicas qualitativas, tais como, análise documental, entrevistas semi-estruturadas e observação participante. Os resultados mostram que há uma configuração estrutural em que as cooperativas estão integradas a um campo organizacional presidido pela lógica da acumulação a indústria de reciclagem e ficam submetidas a pressões isomórficas. Ao contrário de se enquadrarem na categoria de excluídos, os catadores são trabalhadores úteis e fundamentais para a indústria de reciclagem. Na verdade, tais catadores vivem um processo de exclusão e inclusão social, onde suas vidas são permeadas por zonas de vulnerabilidades, fragilidades e precariedades. Neste sentido, ao considerar o campo da indústria de reciclagem como uma estrutura social, os catadores passam a ser vistos como o grupo desafiante do campo. |