Contra a maré?: economia solidária e cooperativas de catadores em meio ao capital.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SANTOS, Thelma Flaviana Rodrigues dos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/140
Resumo: A crise do trabalho fez ressurgir a discussão sobre alternativas como a Economia Solidária (ES), debatida no Brasil desde 1980. Provavelmente por se enxergar o potencial da ES, uniu-se esta às demandas provenientes do debate do meio ambiente e da gestão do lixo, encontrando-se formas de trabalho e renda para os(as) catadores(as) de materiais recicláveis e buscando-se ainda a solução de problemas ambientais. Por se tratar de um tema por vezes polêmico, ainda há algumas questões sobre a ES que geram divergência de opiniões entre autores. Um dos questionamentos mais polêmicos está relacionado à inserção dos empreendimentos econômicos solidários (EES) na dinâmica capitalista. No intuito de contribuir com o debate, este estudo tem por objetivo compreender como empreendimentos de Economia Solidária de catadores de material reciclável se articulam, em uma região econômica e socialmente periférica como a Paraíba, com os mercados capitalistas e analisar as consequências desses modos de articulação para o desenvolvimento de tais empreendimentos e para a Economia Solidária. Através dos objetivos específicos buscou-se: Reconstituir os processos históricos de constituição e desenvolvimento de quatro EES – duas cooperativas e duas associações de catadores de material reciclável – situados no município de Campina Grande-PB; Conhecer como é realizado o processo de trabalho e como se organiza a divisão de atividades e responsabilidades; Apreender como os trabalhadores organizam o empreendimento do qual fazem parte, analisando questões referentes à autonomia e democracia dentro dos empreendimentos; Identificar como os processos comerciais, financeiros e produtivos se conectam com o mercado; Compreender a percepção que estes trabalhadores têm do trabalho que desenvolvem e da relação do empreendimento solidário com as necessidades que surgem dos vínculos com os mercados capitalistas; Apreender a maneira como representantes da Economia Solidária do estado da Paraíba concebem a expressão desta no estado. Os instrumentos de pesquisa envolveram: entrevista semi-estruturada, análise de dados secundários, além de observação direta. A pesquisa de campo foi realizada entre 16 de junho a 31 de outubro de 2015, foram entrevistadas vinte e nove pessoas, entre trabalhadores, dirigentes dos EES, gestores públicos e representantes da ES. Os dados colhidos foram analisados qualitativamente, o tratamento dos mesmos deu-se através de análise crítica e de análise comparativa. Esta pesquisa pode ser caracterizada como estudo de caso, exploratória e qualitativa. Pretende-se que os resultados e análises decorrentes desta pesquisa contribuam com o debate da Economia Solidária e da Sociologia do Trabalho.