Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Siqueira, Lucíola D'Emery |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-21072015-135340/
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Resumo: |
Introdução: O consumo do tabaco é a principal causa mundial de mortes preveníveis, com estimativa de seis milhões de mortes por ano atribuíveis ao fumo. Configurando-se, então, como uma problemática de proporção mundial que compromete não apenas a qualidade de vida das pessoas, mas influencia índices e perfis de morbimortalidade em diversas regiões do mundo. Da mesma forma que o tabagismo não afeta de maneira homogênea países com desenvolvimento econômico distintos, seus efeitos são mais perceptíveis em países pobres e em desenvolvimento; numa população são as pessoas de classes sociais menos favorecidas que mais consomem o tabaco. Nesse sentido, as mulheres têm um perfil vulnerável para o consumo do tabaco e especificamente a gestação, configura-se como um momento propício para o abandono do tabagismo. Os fatores que levam as gestantes a fumar durante a gestação estão fortemente associados as suas condições socioeconômicas. Objetivo: conhecer a rede social da gestante tabagista acompanhada na Atenção Básica e sua interferência em seu estado de saúde. Método: trata-se de um estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, que utilizou a entrevista para construção do genograma e ecomapa das participantes. Participaram do estudo 10 gestantes tabagistas acompanhadas nas Unidades Básicas de Saúde do bairro de Cidade Tiradentes, na região Leste da cidade de São Paulo. Resultados: o estudo evidenciou que as famílias estão estruturadas sob uma rede de cuidado que envolve várias gerações. Apesar de a família nuclear estar presente, a integração da rede de parentesco é fundamental na condução das atividades rotineiras. As características socioeconômicas demonstram baixa escolaridade das gestantes, precária inserção no mercado de trabalho, dependência econômica de outros membros da família e baixa renda familiar. Em relação ao tabagismo, o meio social apresentou-se permeado pelo consumo do tabaco, perpassando gerações e sendo encarado com naturalidade nas normas familiares. As instituições que fazem parte da vida familiar são a creche, a UBS, o trabalho, a vizinhança e a família ampliada. O lazer raramente foi citado e quando presente estava restrito ao ambiente doméstico. Em relação à abordagem do tabagismo no acompanhamento pré-natal, constatou-se a inexistência de uma intervenção coordenada e longitudinal e esta, quando presente, mostrou-se fragmentada e pontual. Diante da análise temática das falas das gestantes, foi possível apreender elementos que podem ser facilitadores ou dificultadores para a cessação do tabagismo. Conclusão: dificuldades de lidar com o estresse e questões relacionadas à dinâmica familiar demonstram que o tabagismo precisa ser encarado como uma escolha individual fortemente influenciada por um contexto social. Compreender a rede social e reciprocidade no apoio é fundamental para abordar a questão do tabagismo numa perspectiva social do cuidado |