Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luiz Almeida da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17042013-143634/
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Resumo: |
Verificar a associação entre acidentes de trabalho com os níveis de carboxihemoglobina apresentados por trabalhadores mototaxistas expostos ao Monóxido de Carbono ambiental na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. Métodos: estudo descritivo, correlacional, de abordagem quantitativa com coleta de dados realizada em duas etapas, em janeiro e julho de 2012 por intermédio de instrumentos aplicados aos trabalhadores selecionados aleatoriamente e que consentiram em participar da pesquisa. Os mototaxistas responderam a este questionário e autorizaram a coleta sanguinea para dosagem dos níveis de carboxihemoglobina nas duas etapas. O projeto foi submetido e aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa. Após os critérios de seleção, compuseram a amostra 111 mototaxistas. Resultados: os trabalhadores são, em sua maioria, do sexo masculino, com média de 36 anos de idade; renda familiar de três salários mínimos e três dependentes por renda; baixa escolaridade, fumantes, média de trabalho de até cinco anos e carga horária laboral média de 12 horas. No período de seis meses, 28,8% acidentaram-se, com predominância no mês de fevereiro, com 6-10h de trabalho antes do evento acidentário, apresentando escoriações (58,6%) e fraturas fechadas (27,6%) como lesões predominantes, acometendo principalmente os membros inferiores. Quanto aos sintomas de exposição ao monóxido de carbono, a irritabilidade, a diminuição da percepção visual e o cansaço foram os mais encontrados e mais frequentes e os fumantes apresentaram maior significância (p< 0,05), com média de 2/3 sintomas por sujeito. Os níveis de carboxihemoglobina apresentaram a média de 2,3% para os não fumantes e de 5,7% para os fumantes, estando próximos dos valores da normalidade estabelecidos. Após categorização, os fumantes apresentaram significância estatística (p<0,001) para condição não aceitável e razão de chances de 6,5 vezes de estar nesta condição. Nas associações com acidente de trabalho, a carboxihemoglobina numérica apresentou associação positiva com tais acidentes (p<0,001); o tempo de carteira de habilitação para motociclista apresentou forte tendência à ocorrência de acidente de trânsito para o grupo que a possuía até 10 anos. Entre os não fumantes, nas associações com acidentes de trabalho, o sintoma cansaço apresentou associação e entre os fumantes, a cefaleia, a irritabilidade, o cansaço e a taquicardia foram significativos. Para a carboxihemoglobina categorizada, o hábito de fumar e a presença de sintomas mostraram significância. Os não fumantes que apresentam cefaleia, tontura e os fumantes com hiporreflexia, problemas respiratórios, irritação nos olhos, nariz e garganta e náusea, possuem maiores chances de estarem nos níveis não aceitáveis de carboxihemoglobina quando comparados aos que não apresentam tais sintomas. Os resultados mostraram que a exposição ambiental ao monóxido de carbono dos mototaxistas da cidade contribui para a ocorrência de acidentes de trabalho entre eles, visto que, a principal variável, nível de carboxihemoglobina, mostrou significância em relação à ocorrência dos eventos acidentários. Conclusão: mototaxistas são trabalhadores que estão cotidianamente expostos à poluição ambiental, ao monóxido de carbono e aos riscos de acidentes. A enfermagem do trabalho, junto à equipe de saúde ocupacional, pode traçar estratégias de proteção para a saúde destes trabalhadores. |