Simulação em enfermagem: produção do conhecimento da pós-graduação no Brasil de 2011 a 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Assis, Mauricio da Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-24082021-151616/
Resumo: Introdução: A atualidade é permeada por novas tendências pedagógicas relacionadas ao ensino em saúde. Na enfermagem, a simulação vem se destacando como estratégia de ensino, que replica, com precisão, um evento, situação, ambiente ou cenário, sendo capaz de desenvolver competência clínica. Nesse contexto, destaca-se a produção científica da pós-graduação em enfermagem acerca da simulação, baseando-se em evidências. Objetivo: Sintetizar a produção do conhecimento sobre simulação em enfermagem gerado pelos programas de pós-graduação da área de enfermagem do Brasil no período de 2011 a 2020. Métodos: Pesquisa documental, que adotou como fonte os documentos oficiais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e teve seu percurso metodológico direcionado por uma revisão integrativa da literatura. Selecionaram-se, inicialmente, 68 estudos, dos quais 40 compuseram a amostra. Os dados foram organizados em categorias, utilizando como referencial metodológico a análise temática. Resultados: Do total de 40 estudos que compuseram a amostra, a maioria foi produzida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, sendo caracterizada por dissertações de Mestrado e teses de Doutorado, de abordagem quantitativa de pesquisa, com destaque para delineamentos descritivos e exploratórios e Nível de Evidência 6. Os estudos estavam compreendidos entre os anos de 2012 e 2019, com maior concentração em 2017. Identificou-se que a maioria dos manuscritos abordou a eficácia do uso da simulação como estratégia de ensino e aprendizagem para enfermagem; a simulação off-site, seguida da virtual; o nível terciário de saúde, caracterizado pelo ambiente hospitalar; a satisfação, autoconfiança e conhecimento cognitivo como principais variáveis analisadas; os cuidados em neonatologia e pediatria, seguidos das emergências cardiovasculares e respiratórias como temáticas abordadas. A simulação foi considerada estratégia de ensino e aprendizagem mais eficaz do que estratégias como aula expositiva dialogada e treinamento de habilidades em laboratório. A principal fragilidade percebida foi a ansiedade, e as potencialidades foram satisfação, desenvolvimento de conhecimento e pensamento crítico, além de promoção de segurança do paciente e dos participantes, autoconfiança, articulação de teoria e prática. Conclusão: A produção científica da pós-graduação no Brasil, quanto à adoção da simulação para subsidiar o processo de ensino e aprendizagem de estudantes em enfermagem e enfermeiros, é ainda incipiente e instiga a necessidade de aprofundamento, com o desenvolvimento de novos estudos bem delineados, que suportem um melhor Nível de Evidência. Este estudo contribui para a pesquisa em enfermagem por apresentar a síntese da produção sobre simulação na pós-graduação no Brasil, na última década, permitindo a descrição e a análise desse contexto, baseando-se em evidências científicas que sustentam a condução de novas investigações, principalmente voltadas às temáticas, aos objetivos e aos cenários pouco ou não abordados nesse período pelos pesquisadores. Favorece também a assistência e o ensino nesse âmbito, por indicar a simulação como estratégia pedagógica eficaz para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais em enfermagem.