Desvelando o uso da simulação nos cursos de graduação em enfermagem no brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cazañas, Eduardo Fuzetto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192404
Resumo: Introdução: Aos cursos de graduação em enfermagem vem sendo propostas mudanças substanciais no modelo de ensino, com vistas a atender a necessidade de formação de um profissional reflexivo e capaz de transformar a sua realidade de trabalho. Neste contexto, as diferentes formas de ensino pautadas na simulação da prática profissional são desenvolvidas. Objetivo: analisar os avanços e desafios no desenvolvimento da simulação da prática profissional de estudantes dos cursos de graduação em enfermagem. Método: Estudo transversal, exploratório, desenvolvido em duas etapas, sendo a primeira delas uma pesquisa com abordagem quantitativa, realizada entre os meses de fevereiro de 2018 a março de 2019. Participaram do primeiro estudo 91 coordenadores de cursos de graduação de instituições públicas e privadas do Brasil, os quais responderam a um questionário on-line autoaplicável. Os dados obtidos foram codificados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel® versão 2010, submetidos à análise estatística descritiva e apresentados na forma de frequência absoluta e relativa médias, conforme a natureza da variável. A segunda etapa estudo de natureza qualitativa, realizado entre os meses de maio de 2018 a março de 2019 e o cenário está representado por 15 coordenadores e 15 professores de cursos de graduação em enfermagem de todo o território nacional. Foi realizada entrevista com questões semiestruturadas. Os dados foram tratados por meio da análise temática. Resultados: A primeira fase do estudo revelou que a modalidade de simulação mais utilizada foi a de Habilidades Específicas. Cursos privados e os cursos com currículos integrados utilizam com maior frequência a Simulação de Alta Fidelidade. A compreensão sobre a mobilização dos atributos afetivos ainda é insuficiente. Na segunda fase do estudo foram encontrados sete temas: a) inserção no currículo; b) modalidades de simulação empregadas; c) o desenvolvimento da simulação; d) avaliação na simulação, envolvendo os aspectos formativos, somativos e do processo educativo em si; e) aproximação da prática clínica em ambiente protegido; f) Desenvolvimento de competência atitudinal para o trabalho no coletivo e em situações delicadas e g) recursos e formação docente. Considerações finais: É importante que os gestores dos cursos de graduação sejam sensibilizados e apropriem-se dos elementos que permeiam a realização da simulação, e invistam para oportunizar um ambiente favorável para sua efetivação. A simulação é uma estratégia valorizada, independentemente de modalidade e tipo de organização curricular, tendo reconhecimento, devido à sua importância como estratégia de ensino, de avaliação educativa, sistemática e de processos. O desenvolvimento dos cenários possibilita a aprendizagem articulada dos atributos cognitivos, afetivos e psicomotores, bem como trabalhar com ênfase em algum dos atributos de simulação. A utilização de escalas de avaliação contribui para aprimoramento na elaboração dos cenários de simulação. A simulação é uma estratégia potente para a formação do enfermeiro, mas é preciso que a instituição ofereça formação docente de forma contínua.