Políticas da psicologia de São Paulo : as entidades de classe durante o período do regime militar à redemocratização do país

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Hur, Domenico Uhng
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-11072006-224031/
Resumo: Em 1962 a Psicologia foi regulamentada como profissão pela Lei 4119, porém só em 1971 deferiu-se a Lei 5766 que criou os Conselhos Regionais e Federal de Psicologia (sendo que os regionais só foram instalados em 1974). Em 20/08/1973 o Ministro do Trabalho deu a carta sindical à Associação Profissional dos Psicólogos de São Paulo para transformar-se em Sindicato dos Psicólogos. Portanto, compreendemos que há longa história subjacente à constituição da Psicologia como profissão regulamentada no país, porém na pesquisa bibliográfica realizada, encontramos pouco registro que se refere à construção da Psicologia a partir de suas entidades. Dessa forma, visamos fazer uma reflexão sobre as práticas das entidades de classe da Psicologia de São Paulo durante o período da ditadura militar à redemocratização do país (1969-1986) por meio de pesquisa documental e depoimentos de ex-participantes. Constatamos diferenças nas práticas das entidades no período da ditadura militar (anos 60/70) e o da abertura política (a partir de 1979), quando grupos da "esquerda" assumiram as entidades. Notamos que as práticas eram reflexos da conjuntura política do país mediada pela concepção da função social da Psicologia onde, nos anos 70, as entidades defendiam a Psicologia como fim, enquanto profissão e, a partir dos anos 80, com a redemocratização do país, começou a se problematizar a função política da Psicologia na sociedade brasileira. Observamos que a entrada da "esquerda" nas entidades acompanhou o mesmo movimento de transição das sociedades disciplinares para as sociedades de controle.