Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Rezende, Marina Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-06102008-142518/
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo geral conhecer o impacto do trabalho precoce na vida e na saúde de adolescentes que atuam como aprendizes no Programa do Bem Estar do Menor (PROBEM) na cidade de Uberaba; especificamente visa-se identificar: os tipos de atividades executadas nas empresas pelos adolescentes cadastrados no PROBEM; os problemas de saúde e os acidentes apresentados pelos mesmos e os pontos positivos e negativos indicados pelos adolescentes após a sua inserção no PROBEM. Trata-se de um estudo de caráter exploratório/descritivo, com análise quantitativa dos dados, coletados através de um questionário. Constituíram-se sujeitos do estudo 437 adolescentes. As alterações de saúde mencionadas por esses trabalhadores foram codificadas de acordo com a Classificação Internacional das Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. As atividades executadas foram codificadas pela Classificação Brasileira de Ocupações. Os resultados revelaram que a maioria dos sujeitos pertencia ao sexo masculino (54%); a idade variou entre 14 e 18 anos; 86,07% cursavam o ensino fundamental. Em relação às atividades realizadas 36,38% exerciam a função de contínuos. A maioria não relatou alterações à saúde (88,55%), o que indica considerarem-se saudáveis. Mencionou ter sofrido acidente de trabalho, apenas 1%. Quanto aos pontos positivos e negativos constatou-se que os aspectos positivos foram mais facilmente ressaltados pelos sujeitos (29,29%) incluindo a experiência profissional como um dos aspectos positivos. Também informaram a inexistência de aspectos negativos (67,28%). Evidenciou-se que segundo a ótica dos próprios adolescentes, o trabalho que realizam possui mais pontos/aspectos positivos que negativos, alterando relativamente pouco a sua saúde e não tendo impacto negativo em suas vidas. Conclui-se que é necessário a realização de outras investigações sobre a realidade laboral de adolescentes trabalhadores. Outro aspecto importante é a necessidade de inserir a participação de profissionais de enfermagem, em estudos sobre o trabalho infantil e dos adolescentes, para que entendam os seus riscos e benefícios e auxiliem os trabalhadores no atendimento à sua saúde. |