Efeito de uma película híbrida experimental aditivada com fluoreto de sódio e cloreto de estanho no desgaste erosivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bezerra, Sávio José Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-26022021-085648/
Resumo: Esse estudo teve os seguintes objetivos: 1. Formular uma película híbrida e testar o seu efeito contra erosão e erosão-abrasão em esmalte e dentina; 2. Modificar essa película com a adição de fluoreto e estanho, encapsulados ou não, e testar os seus efeitos no desgaste dental erosivo. A retenção da película híbrida ao substrato dentário foi testada e sua presença avaliada em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Depois, foi realizada a aditivação dessa película com fluoreto de sódio (15.000 ppm de F-) ou fluoreto de sódio mais cloreto de estanho (10.000 ppm de Sn2+). A aditivação foi realizada de maneira direta ou encapsulada. A quantidade de fluoreto e de estanho liberada pelas nano cápsulas (argilas haloisita e bentonita, respectivamente), em meio ácido (ácido cítrico 0,3%, pH=2,6) e meio neutro (saliva artificial), foi avaliada por meio de eletrodo seletivo de F- e espectrometria de emissão atômica, respectivamente, após imersão por 1, 3, 5, 12, 24 e 48 h. Em seguida, espécimes de esmalte e dentina, obtidos de incisivos bovinos, foram submetidos aos tratamentos e testados em uma ciclagem erosão e erosão-abrasão (n=10 para cada substrato, para cada ciclagem). A água deionizada foi utilizada como controle negativo e um verniz fluoretado (Flúor Protector, 1000 ppm F-) como positivo. A ciclagem erosiva consistiu em 5 min de imersão em ácido cítrico a 0,3%, seguido de 60 min de remineralização em saliva artificial, 4 vezes ao dia, por 5 dias. Para a ciclagem de erosão-abrasão, o mesmo protocolo foi seguido, porém, os espécimes foram escovados em uma máquina de escovação, após o primeiro e último desafios erosivos, com uma suspensão de dentifrício fluoretado e água (1:3), por 15 s (45 movimentos), com 2 min de exposição total à suspensão. Ao final do experimento, a perda superficial dos espécimes (em µm) foi avaliada em perfilômetro ótico. Os dados foram submetidos aos testes de Kruskal-Wallis, Dunn e Mann-Whitney (?=0,05). Na MEV, foi possível observar a presença da película sobre os substratos dentários. As argilas conseguiram armazenar os compostos, apresentando uma maior liberação de F- e Sn2+ em meio ácido em relação ao meio neutro em todos os tempos. No modelo de erosão, para o esmalte, os grupos película híbrida sem aditivos e o controle positivo, apresentaram significativamente menor perda superficial do que o controle negativo (p<0,05), sem diferença entre eles (p=1). Os outros grupos não se diferenciaram significativamente do controle negativo (p>0,05). Para dentina, todos os as películas híbridas testadas e o controle positivo apresentaram significativamente menor perda superficial do que o controle negativo (p<0,05), com exceção dos grupos película híbrida com fluoreto encapsulado e película híbrida aditivada com fluoreto e estanho, os quais não diferenciaram também entre si (p>0,05). Para o modelo de erosão-abrasão, nenhum grupo apresentou perda superficial significativamente menor do que controle negativo, para ambos substratos. A película híbrida foi capaz de se aderir aos substratos dentários e de protegê-los contra erosão, independente da sua aditivação. Entretanto, nenhum dos aditivos testados foi eficaz no controle do desgaste dental erosivo no esmalte e na dentina.