Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Daniele Mara da Silva Ávila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154875
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Resumo: |
O efeito protetor do flúor contra erosão tem sido relacionado principalmente à formação de depósitos de fluoreto de cálcio e à adsorção de íons flúor na superfície dental, assim hipotetizou-se que a incorporação ao polímero Carbopol 980 poderia potencializar o efeito protetor de soluções fluoretadas no controle do desgaste erosivo do esmalte com a formação de um filme superficial protetor. A proposta foi dividida em duas etapas. A primeira etapa consistiu em um estudo in vitro no qual foi testada a associação do polímero Carbopol ao Fluoreto de sódio (NaF) e Fluoreto de Sódio mais Cloreto de Estanho (NaF + Sn) quanto ao efeito remineralizante e protetor contra a erosão inicial, na presença da película adquirida. O teste de estabilidade de pH (pH stat) foi realizado, tratando cristais de hidroxiapatita com as soluções descritas, a fim de testar o potencial protetor dos componentes isolados ou associados, quanto à dissolução da hidroxiapatita, prevendo assim o potencial protetor das soluções testadas. Em seguida, espécimes cilíndricos em esmalte bovino polido (3 mm diâmetro) foram desmineralizados com ácido cítrico a 0,3% (pH 2,6) por 2 minutos (n=15). Os espécimes foram imersos em saliva humana por 2 horas para formação da película adquirida e foi então realizado o tratamento com as soluções experimentais por 2 minutos [NaF (500 ppm F), NaF + Carbopol (0,1%), NaF + Sn (500 ppm F + 800 ppm Sn), NaF + Sn + Carbopol], água deionizada (controle negativo) e solução comercial (Elmex – controle positivo). Uma nova imersão em saliva humana (2 h) foi realizada para remineralização, seguida por novo desafio ácido. A microdureza Knoop foi medida em diferentes tempos: inicial, após o primeiro desafio ácido, após a imersão nas soluções de tratamento (potencial de remineralização) e após o segundo desafio ácido (potencial protetor). Foi realizada uma nova imersão nas soluções-teste para mensuração do fluoreto solúvel em álcali da superfície do esmalte. Foram utilizados os testes ANOVA e Tukey (5%). Observou-se que a dissolução da hidroxiapatita foi menor nos grupos tratados com NaF + Sn + Carbopol se comparado aos demais grupos, resultado que corrobora com o maior potencial remineralizante e protetor, medidos por microdureza. A mensuração de flúor adsorvido na superfície também foi maior para o grupo com associação NaF + Sn + Carbopol comparado aos demais grupos. A segunda etapa foi um estudo in situ, realizado com as soluções experimentais que apresentaram o maior potencial protetor no estudo in vitro. Para tal, os espécimes em esmalte bovino polido foram divididos em três grupos (n=60): solução NaF + Sn (controle positivo), solução NaF + Sn + Carbopol, e água deionizada (controle negativo). Foi testado um modelo in situ em 3 fases. Quinze voluntários participaram do estudo. Em cada fase, os voluntários usaram um dispositivo palatal contendo 4 espécimes cada, sendo que dois foram submetidos a um ciclo de erosão e remineralização por 5 dias. Este ciclo consistiu na utilização dos dispositivos palatais por 2 horas para formação da película, seguido por imersão extra oral em ácido cítrico 1% (pH 2,3 - 5 minutos -4x/dia), com intervalos de 1 hora de exposição à saliva in situ entre os desafios, e tratamento com as soluções 2x/dia, por 1 minuto. Os outros dois espécimes foram submetidos à erosão/abrasão/remineralização, sendo a abrasão realizada 2x/dia, por 15 segundos com a escova elétrica ativa sobre os espécimes, antes dos tratamentos diários com as soluções e a erosão/remineralização conforme descrito. Ao final do experimento, a perda superficial (em μm) dos espécimes foi avaliada por perfilometria e os dados foram submetidos aos testes ANOVA dois fatores e Tukey (5%). Houve diferença entre os desafios (erosão e erosão+abrasão), assim como os tratamentos com soluções fluoretadas foram capazes de proteger o esmalte contra o desgaste erosivo, significantemente diferentes do controle negativo. Pode-se concluir que tanto para o estudo in vitro quanto para o estudo in situ a associação do NaF ao Sn e também estes ao Carbopol apresentaram resultados promissores diminuindo o desenvolvimento do desgaste erosivo. |