Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Souza, Lidia Ramos Aleixo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-11082023-160053/
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Resumo: |
O consumo regular de vinho e azeite vem sendo discutido pelos recentes trabalhos publicados sobre seus efeitos benéficos sobre o organismo. A Dieta Mediterrânea é hoje considerada um exemplo de dieta equilibrada e saudável e em seu guia alimentar inclui a recomendação da ingestão de um a dois cálices de vinho por dia e a utilização do azeite de oliva como principal fonte de gordura. O interesse no estudo desta dieta teve início nos anos 50 quando Ancel e Margaret Keys observaram que a população dos países desta região que seguiam uma alimentação baseada em consumo habitual de cereais, leguminosas, frutas frescas, verdura, pescado, frutos secos; moderado consumo de laticínios, ovos, carnes e aves; e consumo regular de vinho e azeite, apresentava menores taxas de doenças crônico-degenerativas e uma maior expectativa de vida. Estudos revelam que os efeitos benéficos do vinho estão relacionados à quantidade de polifenóis, encontrados principalmente na casca da uva O azeite possui seu mecanismo de ação associado à concentração de ácidos graxos monoinsaturados, os quais teriam uma ação benéfica na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. Objetivo: determinar a evolução do consumo de azeite e vinho nos últimos anos pela população paulistana através de dados coletados nas últimas Pesquisas de Orçamento Familiar (POFs), realizadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Metodologia: análise dos dados coletados pelas POFs e Índice de Preços ao Consumidor (IPC) sobre o consumo e preço relativo de azeite e vinho no município de São Paulo, nos últimos anos, por meio de uma amostra de 5954 domicílios. Resultados: a participação de gastos com vinho e azeite está presente praticamente em todas as classes de renda nos últimos anos, sendo mais expressivo nas classes com renda inferior a 2 salários mínimos. Já em relação à freqüência, o consumo apresenta-se significativamente maior nas classes de maior renda e grau de escolaridade. O preço relativo do azeite oscilou praticamente sempre acima da inflação nos últimos anos, enquanto que o do vinho apresentou grandes oscilações. Conclusão: a divulgação dos benefícios do consumo regular e moderado de alguns alimentos chaves da Dieta Mediterrânea, ou de seus adequados substitutos, de acordo com o hábito da população pode ser indicada em determinados casos. O consumo de vinho em uma perspectiva de saúde pública deve ser visto com muita cautela, principalmente naquelas situações em que pode oferecer algum risco, como durante a gravidez e antes de dirigir. Para recomendações individuais, é opcional, de forma moderada, considerando vários fatores, entre eles a história familiar e condições sociais e de saúde. Em relação ao azeite o consumo adequado deve ser orientado, de forma a maximizar os seus efeitos benéficos. |