Análise parasitológica em esgotos tratados utilizados na agricultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Jeferson Gaspar dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-28102010-173745/
Resumo: A diminuição da disponibilidade de água de boa de qualidade em nível mundial é resultado, entre outros fatores, do consumo elevado exercido pela agricultura irrigada. A fim de minimizar os impactos ocasionados por essa atividade aos recursos hídricos, muitos países demonstram a viabilidade do emprego de efluentes de esgoto tratado na agricultura. Contudo, esta prática oferece riscos à saúde pública através dos organismos patogênicos capazes de sobreviver no esgoto. Entre estes patógenos a OMS destaca os protozoários e os helmintos parasitas do homem, pelo fato de apresentarem maior período de sobrevivência em condições adversas e alto poder de infecção. O presente trabalho tem como objetivo realizar um levantamento qualitativo e quantitativo dos parasitas intestinais de importância sanitária presentes no esgoto afluente, no efluente tratado e no efluente desinfetado de duas estações de tratamento localizadas na cidade de Piracicaba. A ETE Cecap é composta por um sistema australiano com uma lagoa anaeróbia, lagoas facultativas primária e secundária e tratamento por filtração e desinfecção por cloração. A ETE Piracicamirim é constituída por reatores UASB seguidos por lagoa aerada, decantadores secundários de lodo ativado, tratamento por filtro de areia e desinfecção por radiação ultravioleta. Entre maio de 2008 e dezembro de 2009 foram coletas amostras do esgoto bruto e dos efluentes tratado e desinfetado, seguindo as orientações de AYRES e MARA (1996). As técnicas de preparo e análises parasitológicas foram realizadas segundo YANKO (1987) e WHO (1999). A ETE Cecap apresentou uma freqüência de amostras positivas de 40 por cento para o efluente desinfetado, sendo Toxocara sp o parasita mais presente com 46,17 ovos/l. A média de ovos de helmintos para o período de estudo foi 3,78 ovos/l de efluente desinfetado. A ETE Piracicamirim apresentou uma freqüência de 100 por cento para o efluente desinfetado. Ascaris sp foi o parasita mais encontrado nos três pontos de coleta. A média de ovos de helmintos para o período foi de 0,89 ovos/l de efluente desinfetado. A ETE Cecap não apresentou um efluente final propício à utilização na irrigação. Já o efluente proveniente da ETE Piracicamirim atende as recomendações da WHO (2006), para a presença de ovos de helmintos, para utilização na irrigação irrestrita