Biofiltração e microfiltração tangencial para tratamento de esgotos sanitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Lapolli, Flávio Rubens
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-17062024-175013/
Resumo: O comprometimento dos recursos hídricos tem levado à pesquisas abordando a reutilização das águas. Entre as alternativas existentes para viabilizar o reuso das águas, observa-se que o desenvolvimento das técnicas de separação dos materiais contaminantes por membranas, evoluíram de simples ensaios laboratoriais, ganhando, rapidamente, destaque como uma técnica atual, alcançando soluções eficientes e economicamente viáveis de muitos problemas de filtração, separação e/ou clarificação. Neste trabalho, estudou-se a viabilidade da associação da microfiltração tangencial com a biofiltração para tratamento de esgostos sanitários. Foram realizadas diversas atividades experimentais (\"Laboratoire des Materiaux et Procédés Membranaires\" na Universidade de Montpellier II - França) por um período de seiscentos dias, através de ensaios utilizando membranas cerâmicas microporosas. Nesses ensaios foram utilizados efluentes do biofiltro operado com diferentes velocidades de passagem do esgoto (0,25m/h; 0,5m/h e 1,0m/h). Verificou-se que para todas velocidades utilizadas o valor da DQOt no efluente foi, na sua maioria, inferior aqueles especificados pelas normas européias (125 mg/L) para lançamentos de esgotos sanitários e, também, pela Resolução nº 20 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). O desempenho do biofiltro foi melhor quando se utilizou a velocidade de 0,25 m/h, tanto em relação a qualidade final do efluente, quanto a durabilidade dos ciclos de biofiltração. Nos ensaios de microfiltração, tanto o fluxo como a qualidade do permeado parecem estar relacionados aos efluentes do biofiltro. Através de ensaios em escala laboratorial, em que estudou-se a influência de uso de coadjuventes (sulfato de alumínio, cloreto férrico, etc) foram verificadas melhorias no desempenho das membranas. A associação do processo biológico, mais especificamente, o processo de biofiltração com a microfiltração tangencial apresenta-se ) como uma alternativa eficaz para tratamento de esgotos sanitários. A qualidade do efluente final, torna possível a reutilização desse tipo de efluente, seja no meio agrícola, seja no meio industrial. Essa reutilização poderá conduzir uma mudança na gestão global dos recursos hídricos, podendo os esgotos sanitários passar a serem encarados como um produto de valor