Radioterapia estereotóxica (SABR) neoadjuvante em sarcomas de extremidades: estudo fase II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Leite, Elton Trigo Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-07012022-114640/
Resumo: Introdução: Os sarcomas de partes moles (SPM) compõem um grupo diverso de malignidades mesenquimais, que requer tratamento multidisciplinar. Embora a cirurgia seja a principal modalidade de tratamento da doença localizada, a radioterapia (RT) é incorporada no manejo conservador, seja de forma neoadjuvante ou adjuvante. Com o desenvolvimento de técnicas modernas de RT bem como esquemas alternativos de entrega de dose, a radioterapia estereotáxica ablativa (SABR) surge como uma modalidade promissora. Entretanto, o papel da SABR no tratamento dos SPM permanece incerto. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo unicêntrico prospectivo, fase II de braço único. Pacientes com sarcomas de partes moles de extremidades (SPME), candidatos à cirurgia conservadora do membro foram incluídos. O tratamento experimental consistiu em SABR com 40 Gy em 5 frações realizadas em dias alternados, seguido de cirurgia após um intervalo mínimo de 4 semanas. O objetivo primário foi avaliar a taxa de complicação de ferida operatória. Os objetivos secundários do estudo foram avaliar as taxas de controle local (CL), sobrevida livre de metástase (SLM), sobrevida câncer específica (SCE), sobrevida global (SG) e demais toxicidades. Resultados: Vinte e cinco pacientes foram recrutados entre outubro de 2015 e novembro de 2019 e completaram o protocolo. A taxa mediana de regressão histopatológica foi de 65% (0-100) e 20,8% dos tumores apresentaram resposta patológica completa (RPC). Complicação de ferida operatória ocorreu em 7 pacientes (28%). Três pacientes foram submetidos à desarticulação decorrente de oclusão vascular após a reconstrução e 1 paciente foi amputado devido à disfunção motora grau 3. Após um seguimento mediano de 20,7 meses, o risco em 2 anos para recorrência local, metástase à distância e sobrevida câncer-específica foi de 0, 44,7% e 10,6% respectivamente. Conclusões: SABR neoadjuvante à cirurgia aparenta aumentar a taxa de RPC em pacientes com SPME, com taxa de complicação de ferida operatória aceitável. Entretanto, devido ao número de amputações maior do que o esperado, é necessária uma amostra maior de pacientes com um seguimento mais longo para uma melhor conclusão sobre a segurança global dessa estratégia