Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Alves, Glaucie Jussilane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-06102010-085139/
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Resumo: |
Os trabalhos na área de neuroimunomodulação vêm contribuindo de forma marcante para o entendimento da regulação/modulação das respostas adaptativas dos organismos frente ao estresse ou às doenças. A integração de modelos biológicos e psicológicos surge e torna-se cada vez mais importante para a neuroimunologia. Cada animal comunica-se com outros de sua ou de outra espécie através de mecanismos que são característicos dentro de seus respectivos grupos; sabe-se que a comunicação entre os animais pode ser visual, táctil, química e sonora. Procuramos neste trabalho identificar o(s) tipo(s) de comunicação mais relevante(s) entre camundongas saudáveis e conspecíficas doentes. Mais especificamente, avaliamos efeitos neuroimunes decorrentes da convivência por 14 dias com companheiras inoculadas com tumor ascítico de Ehrlich e buscamos caracterizar o tipo de comunicação envolvida com este processo. Os resultados obtidos mostraram que a simples convivência com um portador do tumor de Ehrlich produziu em camundongas: 1) redução do peso e celulariedade do baço; 2) redução na contagem diferencial de blastos, eritrócitos jovens e linfócitos no esplenograma; 3) redução da porcentagem de linfócitos B e T helper e na proporção CD4/CD8 no baço; 4) aumento da atividade citotóxica de células NK; 5) aumento da celulariedade total da medula; 6) aumento na contagem absoluta de blastos e redução de eritrócitos jovens e de linfócitos no mielograma; na contagem relativa observamos um aumento dos blastos; 7) aumento de células na fase G1 e redução na fase G2 do ciclo celular da medula; 8) aumento de células tumorais de Ehrlich na fase G1 e redução destas na fase G2, 9) aumento de permanência na zona animal estranho e redução de tempo na zona companheiro doente em um labirinto em T, 10) aumento de interação social; 11) redução do burst oxidativo basal de neutrófilos provenientes de animais que conviveram com dois doentes, e reversão destas alterações quanto da convivência com dois sadios. Observamos, ainda que: 12) a convivência não modificou os níveis de corticosterona dos animais desafiados ou não por contenção; 13) a ausência de contato físico não foi relevante para reverter as alterações induzidas pela convivência; 14) a falta de contato visual também não foi relevante para reverter as alterações observadas; 15) os estímulos olfativos foram relevantes para as alterações induzidas pela convivência sobre o burst oxidativo e fagocitose de neutrófilos, crescimento tumoral, alterações comportamentais, dosagem plasmática de noradrenalina e de adrenalina e níveis hipotalâmicos de noradrenalina. Em seu conjunto observamos que a convivência por 14 dias com um animal portador de um tumor de Ehrlich produziu relevantes alterações no comportamento, em parâmetros neuroquímicos e de atividade imune inata de camundongas. Nossos resultados sugerem que a percepção do odor da doente esteja diretamente relacionada com as alterações relatadas. |