Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pimenta, Israel Francisco Bernardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-26062023-134111/
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Resumo: |
O tecido ósseo é dinâmico e conta com vários tipos de células atuantes na sua renovação e manutenção de integridade. De forma resumida, osteoblastos tem a função de sintetizar a parte mineral e orgânica, enquanto osteoclastos irão cuidar da reabsorção do tecido. Muitos defeitos ósseos são decorrentes de um desequilibro entre osteoblastos e osteoclastos, podendo ser originários de vários fatores, dentre eles patologias, microrganismos e disfunções hormonais. Algumas substâncias podem ser utilizadas para restabelecer este equilíbrio, dentre estas ranelato de estrôncio, que teve seu uso descontinuado recentemente devido a efeitos colaterais, como mineralização ectópica. Muitos esforços têm sido feitos para buscar novas drogas capazes de auxiliar o tecido ósseo a recuperar sua dinâmica. O presente trabalho teve como objetivo sintetizar, caracterizar e estudar in vitro um composto inédito partindo do flavonóide quercetina e Sr2+. Mais do que isso, o estudo deu início aos primeiros ensaios de incorporação desse composto a um o cimento ósseo a base de PMMA. Através de análises espectroscópicas e análise elementar foi possível constatar o sucesso na ligação de dois íons Sr2+ com uma molécula de quercetina. Além disso, estudos in vitro com células MC3T3-E1 apontaram que esse novo composto (SrQ) se mostrou não-citotóxico nas concentrações de 10 e 80 µM. No 14º dia de cultura o composto apresentou capacidade de promover aumento da atividade de fosfatase alcalina superior ao ranelato de estrôncio e à quercetina não ligada, e ainda foi possível identificar a formação de nódulos mineralizados. Análises de ATR-FTIR evidenciam a incorporação do composto ao cimento ósseo de PMMA. Testes de entumecimento apontaram que a incorporação do composto ao cimento ósseo aumenta sua capacidade de absorção de água. Por fim, os presentes dados mostram o potencial de uma nova droga, indicando sua atuação em relação a osteoblastos. Além disso, traz os primeiros empreendimentos em relação à incorporação de biomoléculas no cimento poroso, contudo, está última etapa ainda exige novos estudos para a obtenção de dados mais sólidos. |