Marx na transição: sobre a relação entre teoria e práxis n\'A ideologia alemã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Heitor Coelho Franca de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-19052017-105602/
Resumo: A presente tese toma por objeto a relação entre teoria e práxis, tal como foi tratada por Karl Marx em sua fase de transição, em especial no livro A ideologia alemã. Obra em que o autor afirma tanto a prioridade mais definitiva da práxis quanto a quase perfeita impotência da teoria especulativa, rejeitando a filosofia e suas questões para fazer a exigência de uma práxis e uma união imediata entre ela e a teoria, ela torna-se objeto privilegiado para os questionamentos quanto às consequências da afirmação de uma tal prioridade da prática para a filosofia, bem como qual poderia ser o papel de uma teoria que se pretenda em função da práxis. Assim, após algumas considerações iniciais e uma contextualização da obra, a investigação principia por uma análise da noção de práxis desenvolvida nA ideologia alemã, para assim chegar à forma de sua relação com a teoria, como lá desenvolvida; a noção central para esta análise sendo o que aqui se designa por primado da prática. Em seguida, este primado é desdobrado em suas consequências teóricas e para o papel da teoria, resultando dele em muitos aspectos o oposto do que se propunha. Por fim, apresentam-se, a partir do ressurgimento destas questões, duas críticas às concepções dA ideologia alemã, de Cornelius Castoriadis e Theodor Adorno, por meio das quais ilustra-se o caráter de transição deste texto e seus conceitos na obra marxiana, bem como alguns dos acertos e intuições que lhe sobrevivem no autor, e como incitação à reflexão para nós e nosso tempo.