Sistema cicloviário e as desigualdades de gênero, classe e raça em cinco capitais brasileiras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fortes, Laura Mattos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-22082023-105642/
Resumo: As desigualdades multidimensionais têm sido cada vez mais discutidas na área dos transportes, particularmente no caso da bicicleta. Embora vários estudos tenham focado nas desigualdades de gênero nos sistemas de bicicletas compartilhadas, apenas alguns incluem as desigualdades socioeconômicas e a dimensão da raça. Este trabalho considera uma perspectiva multidimensional, investigando os padrões das viagens de bicicleta, as características do espaço urbano e a distribuição da infraestrutura cicloviária. Foram analisados os dados coletados dos sistemas de bicicletas compartilhadas de cinco capitais brasileiras para investigar os aspectos do comportamento do ciclista em termos de gênero. Além disso, foi examinada a distribuição da infraestrutura cicloviária considerando suas desigualdades socioespaciais. Os resultados obtidos confirmam a falta de ciclistas mulheres em diferentes níveis. A diferença de gênero diminuiu para viagens com maior duração e viagens recreativas. Nas cidades litorâneas, as mulheres representavam maior percentual de participação no ciclismo, principalmente em áreas de lazer como parques e orlas. Embora as ciclofaixas tenham reduzido um pouco da disparidade, elas não garantiram o equilíbrio de gênero observado nas áreas de lazer. A proporção de ciclistas mulheres é reduzida em áreas sem ciclofaixas e perto de estações de metrô. Além disso, foi observado que as periferias das cidades onde residem mais habitantes negros e de classe baixa carecem de espaços com características favoráveis ao equilíbrio de gênero no ciclismo.