Diversidade de mosquitos (Diptera: Culicidae) em ambientes de mata primária, mata residual e área de cultivo irrigado de arroz, no Vale do Ribeira, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Ueno, Helene Mariko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-15052020-140939/
Resumo: Objetivo. Comparar a fauna culicidiana em ambiente de mata primária, mata residual e área de cultivo irrigado de arroz na Região do Vale do Ribeira (SP), mediante análise: 1) de composição faunística, quanto ao número de espécies e indivíduos; 2) diversidade; 3) distribuição das espécies dominantes; 4) constância de espécies; 5) similaridade entre os ambientes e 6) discussão sobre espécies de ; importância médica. Material e Método. Os dados referem-se às coletas de mosquitos adultos em armadilha tipo Shannon com fonte luminosa e dois coletores com aspirador manual, no período das 17 às 22h, de janeiro de 1992 a abril de 1995, referentes ao Projeto Temático \"Culicidae do agro-ecossistema irrigado e seu significado epidemiológico\" (FAPESP, processo 90/3371-6). Para cada tipo de ambiente foram traçadas curvas cumulativas do número de espécies e indivíduos. A diversidade de espécies foi calculada através dos índices de Margalef, Margalef Padronizado e a de Fisher. Para a dominância de espécies calculou-se o índice de Berger-Parker. A constância de espécies foi avaliada pelo índice de constância e a similaridade, pelo coeficiente de Sorensen. Resultados. O número de espécies foi maior na mata residual e menor na arrozal, ocorrendo o inverso com o número de indivíduos. Os índices de diversidade comportaram-se semelhantemente, sendo maiores na mata residual e menores no arrozal. As espécies dominantes foram: Anopheles cruzii na mata primária, Aedes serratus na mata residual e Anopheles albitarsis (espécie B) no arrozal, todas elas de importância médica. Em relação à constância e similaridade, o arrozal destacou-se dos demais ambientes, pois apresentou mais espécies constantes e menos espécies compartilhadas com as matas primária e residual do que estas entre si. Discussão e Conclusões. Para todas as análises realizadas, o número de coletas e a técnica empregada interferiram nos resultados, provavelmente em função de características biológicas e comportamentais das espécies. Procurou-se integrar fatores que possam justificar maior diversidade em mata residual, tais como presença de características de mata primária em grau variável, contiguidade com áreas abertas e proximidade com o arrozal. Neste tipo de ambiente, a homogeneidade de recursos e a previsibilidade ambiental condicionada pelo ciclo de cultivo do arroz, propiciaram a formação de criadouros que favoreceram algumas espécies. Daí a riqueza e diversidade menores do que nas matas e a maior proporção de espécies constantes e mais abundantes. Quanto às espécies raras, de um modo geral, podem ser encaradas como em processo de adaptação, uma vez que as áreas estudadas, representando diferentes graus de impacto, apresentaram padrões de diversidade distintos.