Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Russo, Diego Rafael Betti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-30052016-135318/
|
Resumo: |
A relação dos sujeitos com a saúde, em seus variados sentidos, não é uma dinâmica somente dos tempos atuais; é um processo histórico, atravessado por múltiplas forças que se tensionam continuamente, produzindo diferentes saberes e práticas no campo da saúde em contínua operação. Na contemporaneidade, esta relação é também composta por um outro elemento, caracterizado por um conjunto de movimentos frenéticos em direção a um ideal previdenciário de saúde, que envolve uma combinatória de cálculos, ações e intenções no presente, somado à produtividade do passado. Um empreendimento que está comumente atrelado aos saberes científicos que atualizam continuamente os saberes e práticas do campo da saúde com suas incessantes \'descobertas\', ou seja, um movimento espaço-temporal de produção de saúde que se direciona e se conecta aos preceitos de uma determinada forma de existência - ser saudável. Este empreendimento atual é o que podemos chamar de uma \'nova saúde\' - que não visa substituir nenhuma outra concepção de saúde - à qual, efeito de uma sociedade capitalista atravessada por um biopoder atualizado, produz, a partir de um plano comum e naturalizado de hiperprodutividade, não somente as antigas estruturas subjetivas, como também modulações contínuas de subjetivação. Contudo, ao passo que esta \'nova saúde\' é sustentada por promessas tecnocientíficas de ampliação temporal no espaço vital, é justamente pela produtividade incessante no espaço-tempo presente que poderíamos adquirir uma mais-valia de vida futura. Tal paradoxo nos lança a problematizar o caráter naturalizado e \'positivo\' que este plano comum de produção adquire: onde estão os outros tantos elementos e movimentos que não estão dados de antemão naquele plano naturalizado e que podemos, sim, lançar mão para operar e construirmos uma outra saúde, singular; uma saúde. |