Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lugó, Ricardo de Sequeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20102014-114019/
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Resumo: |
A pesquisa aqui apresentada teve por objetivo estudar os processos de socialização a que são submetidos jovens que aderem a organizações que buscam preservar ou subverter a ordem. Por meio de entrevistas, observações de campo, análise de documentos e pesquisa bibliográfica, procurei desvendar: 1) os processos de socialização conduzidos por essas organizações; 2) como se desenham as teias familiares, afetivas, profissionais e escolares, nas quais os jovens integrantes estavam ou estão enredados e de que forma elas os compeliram a aderir a movimentos que buscam preservar ou subverter a ordem; 3) como agem essas organizações para reforçar ou atenuar em seus integrantes determinadas formas de sentir, pensar, agir e se relacionar com os outros e com o mundo. Foram escolhidas, para a condução do estudo, a Academia da Força Aérea (AFA), instituição que forma oficiais para a Aeronáutica, uma das três Forças Armadas (FFAA), protetoras da ordem por excelência, e a Juventude Pátria Livre (JPL), grupo marxista-leninista subordinado ao Partido Pátria Livre (PPL), antigo Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), siglas que defendem, a longo prazo, a subversão da ordem para a implantação de uma sociedade igualitária e socialista (ou seja, a construção de uma nova ordem). Os dados coletados sugerem pontos de convergência na socialização de militares da AFA/Aeronáutica e de militantes da JPL/PPL, como também identificam falsas similaridades e diferenças significativas. Os pontos de convergência são os seguintes: 1) forte identidade de grupo e preocupação com a sociedade (senso de coletividade acima do senso de individualidade); 2) apego a valores patrióticos e nacionalistas; 3) ética da missão dada - missão cumprida; 4) diferente percepção do ser voluntário, em comparação com o que estamos habituados no senso comum; 5) ética corporal e de vestuário explícita e institucionalizada, no caso dos militares, e implícita e não institucionalizada, mas também perceptível, no caso dos militantes; 6) recrutamento endógeno; 7) vigorosa preocupação com a doutrina. As falsas similaridades e divergências significativas também podem ser agrupadas em sete pontos: 1) diferentes relações com a cidade; 2) escolarização dos entrevistados e dos antepassados; 3) religião; 4) adesão a outras organizações; 5) vida itinerante; 6) apoio familiar; 7) sacrifícios. |