Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1979 |
Autor(a) principal: |
Plouvier Montemurro, Luis Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20231122-100458/
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Resumo: |
A produção de carne bovina está sujeita a ciclos de uns quatro a cinco anos de duração, que têm sua origem na característica de bem de capital do gado, que pode ser considerado um bem de consumo ou um bem de investimento segundo o valor de certos parâmetros. Este enfoque da produção de carnes é utilizado para interpretar a racionalidade da conduta dos produtores agropecuários, que ao responder com uma oferta de sinal contrário ao estímulo dos preços no curto prazo têm sido mal interpretados em seu caráter de empresários pela literatura tradicional. No caso uruguaio - do mesmo modo que no resto dos países latinoamericanos - a existência de problemas de estrutura na posse da terra, e o escasso desenvolvimento de modelos de defasagens distribuídas coadjuvaram na explanação da conduta supostamente irracional dos produtores. Os resultados de um modelo de ajustamento parcial, no entanto, demonstram que conforme a teoria do capital, a conduta dos produtores coincide com o esperado a curto prazo, enquanto que se bem no longo prazo a oferta resulta inelástica, existem outras razões além das estruturais - fundamentalmente de política econômica - para se supor que em circunstâncias distintas, a resposta produtiva seja elástica ao estímulo dos preços. Comprovou-se ademais que existe uma diferença bem definida no comportamento da oferta por categorias de animais já que as vacas apresentam um ciclo de produção mais longo, de maiores variações que os novilhos, o que condiciona uma resposta mais negativa no curto prazo e uma menor elasticidade total no longo prazo. A consideração de um modelo de ajustamento parcial em que a variável dependente aparece como variável explicativa resultou ser de bom comportamento estatístico, justificando o uso de modelos de defasagens distribuídas no tratamento da oferta de carnes e na formação de estoques bovinos. Se bem que as variáveis eleitas foram em geral altamente significativas, não havendo-se achado evidências de autocorrelação serial nos resíduos, os resultados relativos ao preço da lã não foram os esperados, configurando-se uma exceção que sugere a introdução de algumas das mudanças propostas para as pesquisas futuras, na medição da variável produção de lã, dada a convicção que se tem a respeito de sua influência na produção bovina uruguaia. |