Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Bastos, Diego Fernandes de |
Orientador(a): |
Bayer, Cimelio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197734
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Resumo: |
As emissões de N2O a partir da deposição de excretas animais em pastagens tem sido apontada como um dos principais problemas ambientais associadas à produção pecuária no mundo. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) sugere que 2% e 1% do N adicionado via excretas de bovinos e ovinos, respectivamente, são emitidos na forma de N2O para a atmosfera, e esses valores são utilizados em inventários nacionais (Tier 1-IPCC). Entretanto, a aplicação desses valores para os ambientes pastoris do Sul do Brasil tem grandes incertezas e é muito importante a determinação de fatores de emissão de N2O (FE N-N2O) regionais visando contemplar as condições edafoclimaticas locais. Com isso, foram conduzidos três estudos com o objetivo de determinar FE N-N2O para a urina e fezes de bovinos (Estudo 1) e de ovinos (Estudo 2) no bioma Pampa do Sul do Brasil (2), enquanto o terceiro estudo consistiu de uma meta-análise do impacto dessas excretas nas emissões de N2O em nível mundial. O Estudo 1 teve como objetivo avaliar o efeito sazonal nas emissões de N2O de excretas bovinas em campo natural, e consistiu na condução de quatro experimentos que tiveram início com a aplicação das excretas ao solo em cada estação do ano, sendo emissões de N2O monitoradas por 12 meses em cada experimento. Os resultados desse estudo mostraram que as maiores emissões de N2O ocorreram quando as excretas foram depositadas na primavera e apontou a urina como a principal fonte emissão de N2O do solo em campo natural do bioma Pampa. O segundo estudo teve como objetivo determinar FE N-N2O das excretas de ovinos representativos regionalmente a partir da análise conjunta de resultados de 5 anos das emissões de N2O de urina e fezes depositadas na fase de pastagem de um sistema integrado de produção agropecuária. Na média de cinco experimentos em anos distintos, os valores de FE N-N2O não diferiram entre o tipo de excreta ovina aplicada. O terceiro estudo, através de uma meta-analise global, teve como objetivo, analisar as variáveis de clima e solo que influenciam os FE N-N2O das excretas animais nos diversos ambientes pastoris em nível mundial, comparando-os com os obtidos em no Brasil. Em nível global, foram estimados FE N-N2O médios de 0,84% e 0,22%, para urina e fezes de bovinos, respectivamente. Para excretas ovinas, os FE NN2O médios foram, 0,49% para urina e 0,08% para fezes. A análise conjunta dos resultados dos três estudos demonstra que os FE N-N2O para excretas bovinas e ovinas em ambientes pastoris do Bioma Pampa do Sul do Brasil encontram-se na mesma faixa de valores obtidos em nível global. Por sua vez, os resultados dos três estudos apontam a necessidade de revisão dos valores de FE N-N2O preconizados pelo IPCC, bem como a desagregação do FE N-N2O das excretas (urina e fezes) visando seu uso em inventários nacionais de emissão de N2O. |