Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Tatiane Aparecida da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-04122013-093614/
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Resumo: |
O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser considerado uma das principais doenças que resultam em quadros de disfagia orofaríngea, sendo os distúrbios da deglutição considerados um dos fatores que contribui para maior incidência de complicações respiratórias e nutricionais. A relação entre disfagia orofaríngea e a condição nutricional é pouco descrita na literatura, em que a maioria dos estudos aborda indivíduos na fase aguda do AVE, não tendo sido encontradas pesquisas que contemplem os acometidos por AVE em fase tardia. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência do grau da disfunção da deglutição orofaríngea sobre o nível de ingestão oral e o estado nutricional em idosos acometidos por AVE na fase tardia após ictus. Realizado estudo retrospectivo transversal, por meio da análise do banco de dados do projeto de pesquisa intitulado Deglutição, fala e voz em indivíduos acometidos por doenças neurológicas. A disfagia orofaríngea foi classificada por três juízes, fonoaudiólogos de acordo com The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) a partir da análise das imagens da avaliação videoendoscópica da deglutição (VED). A classificação do nível de ingestão oral (FOIS) foi realizada por meio da revisão dos padrões usuais de consumo alimentar referido no recordatório alimentar de 24 horas, e a avaliação do estado nutricional foi realizada por meio da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e medidas antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferências (braquial CB; panturrilha CP), pregas cutâneas (tricipital PCT; bicipital PCB; subescapular PCSE; suprailiaca PCSI). Foram incluídos no estudo os dados de 25 idosos (14 homens e 11 mulheres), idade média de 72 anos. De acordo com a avaliação VED, a maioria dos indivíduos (72%) apresentou deglutição com limitações funcionais, seguido da disfagia em grau leve a moderado, verificada em 24% dos indivíduos. No que se refere classificação da escala FOIS, 56% dos indivíduos apresentou nível de ingestão oral V, seguido dos níveis VI (36%) e VII (8%). Em relação à avaliação do estado nutricional, baseado no protocolo MAN, bem como no IMC, verificou-se que a maioria dos indivíduos apresentou-se bem nutridos. No que se refere à composição corporal a partir das pregas cutâneas e circunferências, foi verificado acúmulo de gordura corporal e valores adequados de massa muscular em ambos os gêneros. Foi verificada correlação positiva entre o grau da disfagia orofaríngea e FOIS (p=0,051), escore de triagem (p=0,011) e escore total (p=0,006) do protocolo MAN, bem como entre a classificação dos níveis da FOIS com o IMC (p=0,029) e as medidas antropométricas referentes à massa muscular, CB (p=0,021), CMB (p=0,010) e AMB (p=0,023). Dessa forma, pode-se concluir que embora a maioria dos indivíduos incluídos na pesquisa apresentassem deglutição funcional ou disfagia em grau leve, o quadro de disfagia orofaríngea influenciou o nível de ingestão oral e o estado nutricional desses indivíduos. |