Transferência de desempenho entre ambiente real e virtual em pessoas pós-acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Deise Mara Mota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-08082021-154117/
Resumo: Objetivo: Verificar se os indivíduos pós-AVC são capazes de melhorar o desempenho com a prática da tarefa em um dispositivo virtual ou real e se esta prática promoverá transferência bilateral. Método: Ensaio clínico randomizado cruzado, quantitativo do tipo transversal. Participaram do estudo 82 indivíduos pós-AVC para compor o grupo experimental (GE) que foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos (Grupo 1: iniciou tarefa com membro superior parético primeiro e repetiu a tarefa com membro superior não parético, e este grupo foi dividido em dois subgrupos afim de que a tarefa fosse iniciada com timing virtual e transferida pra real e vice-versa; Grupo 2: iniciou a tarefa com membro superior não parético e repetiu a tarefa com membro superior parético, sendo também dividido em dois subgrupos seguindo o mesmo delineamento do grupo 1) e 54 indivíduos saudáveis para o grupo controle (GC), sendo todos destros e realizaram com membro superior direito e esquerdo na sequência. Aplicou-se testes funcionais para caracterização da amostra. Para responder ao objetivo principal, optou-se em utilizar a tarefa de timing coincidente em 3D no computador por meio de interface sem contato físico (Kinect) e com contato físico (Touchscreen). Resultados: Durante a fase de Aquisição todos os participantes melhoraram o desempenho no Erro Absoluto (EA) do bloco A1 para A2 e A3 mas não para A4 com retenção da tarefa após cinco minutos de descanso. Houve diferença significativa quando realizado treino prévio com membro superior não parético ocorrendo transferência de desempenho posterior para membro parético, assim como houve diferenças entre as interfaces virtual e real, na qual a virtual apresentou maior erro absoluto em toda a Aquisição. Quanto ao Erro Variável (EV) o grupo controle apresentou melhor EV do que o grupo AVC, mas de forma geral houve melhor desempenho no EV durante todo o protocolo e na interface com contato físico o EV foi menor quando comparado a interface sem contato físico. Na transferência com troca de dispositivo de interação (T) o test pós-hoc mostrou que participantes de ambos os grupos que realizaram a prática na interface sem contato físico apresentaram melhora de desempenho do A3 para ambiente com contato físico (T); por outro lado quem realizou a prática no ambiente com contato físico (A3) apresentou piora de desempenho na transferência sem contato físico (T). Conclusão: Podemos concluir que a tarefa com maior demanda motora e cognitiva (Kinect sem contato físico) fornece transferência para interface com contato e observa-se a transferência bilateral, que está presente em indivíduos pós-AVC crônico, sendo evidenciada com a prática em RV em tarefa de timing coincidente e fortemente observada quando a tarefa é iniciada com membro superior não parético o que reforça a aplicabilidade do uso deste membro como recurso facilitador da aprendizagem motora nestes indivíduos