Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Stocco, Douglas Côvre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-03022023-150353/
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Resumo: |
Introdução: A doença falciforme (DF) é uma das doenças genéticas mais frequentes no mundo, tornando-se um problema de saúde pública em diversos países. Apesar disso, os dados sobre mortalidade dessa população no Brasil ainda são escassos. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, epidemiológico e descritivo sobre a mortalidade por doença falciforme em nível regional. A amostra foi composta por pacientes vivos e falecidos acompanhados no ambulatório de hemoglobinopatias do Hemocentro Regional de Ribeirão Preto entre os anos de 2005 e 2020. Os dados foram obtidos em prontuários físicos ou eletrônicos vinculados ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Resultados: Ocorreram 54 óbitos em 641 pacientes (37 em SS, 6 em SB0, 10 em SC e 1 em SD). A taxa de mortalidade geral foi de 8,4% e a taxa de mortalidade geral anual foi de 0,56%. Surpreendentemente, a taxa de mortalidade entre menores de 5 anos foi zero, e 1,8% em menores de 18 anos. Pacientes com HbSS/SB tiveram uma taxa de mortalidade maior (9,4%, 0,62%/ano) em comparação com pacientes SC (5,7%, 0,38%/ano, P=0,005). A média de idade ao óbito foi de 38,6/36,6 anos para o grupo SS/SB e 44 anos para o grupo SC. Anteriormente ao óbito, os pacientes apresentavam média de 2,4 complicações, sendo 3,5 no grupo SS/SB e 1,7 no grupo HbSC. A causa mais comum de óbito foi síndrome torácica aguda (50%), seguida de tromboembolismo pulmonar e sepse (9,20% cada). Discussão: Apesar dos avanços no entendimento da fisiopatologia, tratamento e causas de morte, a morbidade e mortalidade na DF ainda permanecem um desafio clínico, principalmente em países de renda média como o Brasil. No entanto, nossos resultados são mais semelhantes àqueles de países de alta renda do que os dados publicados em outras regiões do Brasil. Triagem neonatal, profilaxia antibiótica, acompanhamento próximo desde o diagnóstico e tratamento precoce podem ter contribuído para a redução da mortalidade em nossa população falciforme. Conclusões: Em nosso centro, pacientes jovens com DF apresentam baixa taxa de mortalidade, comparável ao observado em países de alta renda. Os pacientes SS/SB, como esperado, apresentam uma taxa de mortalidade maior do que os pacientes SC. Acreditamos ter demonstrado que no Brasil é possível melhorar as taxas de sobrevida em pacientes com DF. |