Avaliação da resposta inflamatória sistêmica com o uso do sevoflurano durante a circulação extracorpórea na cirurgia de revascularização do miocárdio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cardoso, Thiago Augusto Azevêdo Maranhão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-23022022-132951/
Resumo: Introdução: Atualmente, a anestesia para cirurgia de revascularização do miocárdio segue uma abordagem que visa combater os processos de lesões causados pela isquemia e reperfusão, por meio do pré-condicionamento cardíaco isquêmico remoto e farmacológico, como o proporcionado pelos anestésicos inalatórios, o que pode gerar uma redução nos processos inflamatórios associados à circulação extracorpóra, conforme modelo experimental. Objetivo: Avaliar o efeito anti-inflamatório do Sevoflurano nos pacientes submetidos a revascularização do miocárdio com CEC. Métodos: Foram incluídos total de 100 pacientes, submetidos a revascularização do miocárdio eletiva com CEC, e foram alocados aleatoriamente em 2 grupos: Grupo SEVO (n=50) e Grupo CONTROLE (n=50), com e sem uso de Sevoflurano durante a CEC, respectivamente. Foram anotadas informações biodemográficas e clínicas do pré e pós-operatório e coletadas também as amostras de sangue periférico para dosagens bioquímicas e análise da biologia molecular. Foram avaliados; PMN-elastase IL-1b, IL-4, IL-6, IL-8, IL-10, TNFa e TGFb, além da expressão gênica e dos microRNAs envolvidos no processo inflamatório. A análise estatística foi feita comparando os dois grupos. Resultados: Os parâmetros biodemográficos e clínicos préoperatórios foram homogêneos entre os grupos. As medicações em uso préoperatório mostraram uma diferença significativa para o uso do inibidor da enzima conversora de angiotensina no grupo SEVO (p=0,046). Os dados pósoperatórios mostraram um tempo de intubação maior no grupo SEVO (p=0,049), no entanto, sem diferença nas complicações e na mortalidade. A maioria das expressões gênicas nos leucócitos não mostraram diferença. As citocinas próinflamatórias circulantes IL-1B (p=0,004) e IL-8 (p=0,029) a IL-6 (p=0,009) estavam diminuídas no grupo SEVO. As citocinas anti-inflamatórias IL-4 (p=0,021) estava diminuída no grupo SEVO e IL10 (p=0,004) aumentada no grupo CONTROLE. Os microRNAs que atuam na regulação destas citocinas foram menos expressos no grupo SEVO. Conclusão: No contexto da cirurgia de revascularização do miocárdio com CEC, o sevoflurano pode diminuir o processo inflamatório, regulando os mecanismos pós-transcricionais mediados pelos microRNAs na síntese de citocinas pró e anti-inflamatórias.