Investigação paleontológica do evento hidrotermal de Anhembí (SP) na Formação Teresina (Grupo Passa Dois, Permiano, Bacia do Paraná)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Roberto, Paulo Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-27072016-144750/
Resumo: No município de Anhembi, ocorrem cones silicosos de dentro da Formação Teresina (Permiano) que, atualmente, são interpretados como acumulações geradas a partir de um evento hidrotermal em águas rasas. A ocorrência de depósitos hidrotermais é bastante rara no registro geológico, tornando o depósito de Anhembi único, ainda mais por apresentar mais de 4.500 dessas estruturas em pouco menos de 1,5 km2. As características marcantes desta localidade tornam-se um importante objeto de investigação científica, além de sugerirem a comparação com as supostamente mais antigas formas de vida encontradas de aproximadamente 3,5 Ga, em contexto similar. Este trabalho consiste numa análise dos fósseis encontrados em intervalos abaixo, lateralmente contínuos e acima da ocorrência desses cones, de uma avaliação de possíveis alterações da biota decorrentes desse evento hidrotermal e também de avaliar a controvérsia acerca dos supostamente mais antigos microfósseis da Terra. Foram analisados macroscopicamente e petrograficamente três intervalos distintos (A, B e C) em que foram coletadas amostras de três níveis diferentes (1, 2 e 3). No intervalo A (Nível 1) foram observados conchas de bivalves, valvas de ostracodes, oncoides e fragmentos de dentes de peixes, inclusive com um fragmento grande de dente de peixe dipnoico. No intervalo B (Nível 2) foram observados apenas valvas de ostracodes e oncoides. No intervalo C (Nível 3) foram encontrados valvas de ostracodes, oncoides e conchas de bivalves. A silicificação dos intervalos A e B difere bastante da do Intervalo C, o que sugere um evento diferente para a silicificação nesses pontos. A aparente diferença encontrada nas biotas dos três intervalos sugere fortemente uma ligação da biota com o evento hidrotermal que ocorreu na região. A presença de microfósseis há 3,5 Ga não é descartada por esse trabalho, entretanto há de se ficar atento com as ressalvas feitas à biogenicidade desses microfósseis.