Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Arruda, Raimundo Ferreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-16062015-125328/
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo compreender como se dá a reprodução da vida da prisão e as determinações e relações que a ligam ao mundo exterior revelando a razão de ser da prisão em nossa sociedade. Também procura identificar pontos críticos em que a reprodução da vida no interior da prisão se dá de forma particularmente dramática, tornar pública esta realidade e assim, contribuir para a superação dessa ordem que se pauta na política do encarceramento. Superlotadas as unidades prisionais se transformam em pontos que condensam complexas relações que forjam práticas espaciais e uma vida cotidiana carcerária que envolve presos, familiares e ex-detentos, os quais mesmo fora da prisão têm suas vidas atravessadas pelos muros. As regras criadas pelos próprios detentos normatizam as ações, os gestos e o comportamento desejado nas celas, nos pavilhões e na unidade prisional. O universo prisional condensa uma miríade de contradições e a luta pela cela se destaca como principal desafio para quem se encontra detido. Privatizada, para ter acesso à cela deve-se desembolsar um alto valor em dinheiro. Assim, forma-se o binômio cela-pavilhão, que funcionará como ponto central da vida cotidiana carcerária. Territórios serão forjados recortando celas e o piso do pavilhão. Fora do cárcere, parentes de presos e ex-detentos terão suas vidas ritmadas em diferentes gradações pelo que acontece dentro das prisões. A pesquisa se concentrou em algumas unidades prisionais, mas o contato com ex-detentos que testemunharam sobre outras unidades permite uma visão mais global do encarceramento. |