Análise das diferenças posturais e comparação da flexibilidade muscular em crianças negras, brancas e orientais de 9 a 15 anos de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Christye Noemi Cardoso da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-25102019-155012/
Resumo: Introdução: A postura do indivíduo é influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos, como condições físicas e ambientais, níveis socioeconômicos, fatores emocionais, alterações fisiológicas e a hereditariedade. O índice de flexibilidade varia de acordo com as medidas antropométricas, composição corporal, fatores culturais, patológicos e genéticos. A caracterização da postura e flexibilidade do indivíduo é multifatorial e a diminuição da flexibilidade pode levar a compensações posturais que afetam o bom alinhamento postural. Comparações das diferenças posturais entre as raças demonstram possíveis influências genéticas em seus resultados. Objetivos: O objetivo deste estudo foi analisar as diferenças posturais e comparar o índice da flexibilidade muscular em crianças/adolescentes negros (N), brancos (B) e orientais (O), saudáveis, de 9 a 15 anos de idade. Métodos: Foram avaliados 132 crianças/adolescentes de 9 a 15 anos de idade em duas escolas particulares do município de Guarulhos, uma escola particular e uma escola estadual no município de São Paulo, um clube japonês no município de Arujá e voluntários no município de Itararé. Foram divididos em grupos de acordo com as raças negra, branca e oriental, com base nas características aparentes e no fenótipo, tendo auxílio de um questionário para definir a raça. Foram obtidas fotos digitais em vista posterior, lateral direita, lateral esquerda e anterior. As medições foram feitas em graus e centímetros no software SAPO, v. 0.69, e foram analisadas as seguintes variáveis de posicionamento: postura do ombro, cifose torácica, lordose lombar, desvio lateral da coluna, postura do joelho e teste do terceiro dedo ao solo. Para análise estatística, foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para verificar distribuição normal das variáveis, e foi realizado o teste ANOVA one-way para verificar diferença na postura e na flexibilidade entre os grupos. Este foi um estudo comparativo prospectivo com amostra de convêniencia. Resultados: Houve diminuição significativa na cifose torácica (negros 37,3° ± 8,2°; brancos 36,8° ± 7,6°; orientais 32,7° ± 6,5°) e na lordose lombar (negros 40,5° ± 11,1°; brancos 38,4° ± 7,5°; orientais 29,5° ± 7,2°) nos orientais em relação aos negros e brancos. Há influência da raça na postura da cifose torácica e lordose lombar, sendo que crianças/adolescentes orientais apresentaram diminuição nestas curvaturas. A flexibilidade muscular não apresentou diferenças significativas entre as raças. Conclusão: A caracterização da postura e diferenças na flexibilidade muscular em função da raça podem direcionar para tratamentos mais adequados e etnicamente contextualizados