Atitudes dos profissionais de enfermagem que atuam em emergências diante do comportamento suicida e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Magrini, Daniel Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-04042017-154707/
Resumo: O suicídio é um problema passível de prevenção, com relevante impacto mundial. Os profissionais de enfermagem que atuam em emergências tem papel central no manejo inicial de tentativas de suicídio e a qualidade do cuidado prestado por esses profissionais pode ser influenciada por suas atitudes frente ao comportamento suicida. O conhecimento sobre as atitudes relacionadas ao suicídio e fatores associados é escasso e precisa ser investigado em diferentes países, culturas e épocas. Este investigou, entre profissionais de enfermagem que atuam em emergências, as atitudes relacionadas ao suicídio e fatores associados. Estudo transversal quantitativo desenvolvido com uma população de 146 profissionais de enfermagem de dois serviços de emergência (pré-hospitalar e hospitalar) do interior de São Paulo, Brasil. Os dados foram coletados em 2015 pela autoaplicação de questionário sociodemográfico e do Questionário de Atitudes Frente ao Comportamento Suicida (QACS). Esse questionário não possui pontos de corte e sua análise pode ser feita por meio dos itens isolados e dos fatores \"Sentimentos em relação ao paciente\", \"Percepção de capacidade profissional\" e \"Direito ao suicídio\". Os dados foram analisados com os softwares Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 19.0 e R GUI 3.0.1. Foram aplicados os testes de normalidade Kolmogorov-Smirnova e Shapiro-Wilk, o teste de correlação de Spearman e o teste de Mann-Whitney. Os participantes apresentaram baixa exposição educacional sobre o suicídio e foram obtidas as pontuações mínima e máxima em cada um dos itens do questionário. Atitudes mais negativas foram associadas a ter trabalhado em serviço de saúde mental (p=0,00). Maior percepção de capacidade profissional esteve associada a formação específica em saúde mental (p=0,00) ou suicídio (p=0,00) e trabalhar em serviço hospitalar (p=0,01). Atitudes menos moralistas e condenatórias foram associadas a experiência de trabalhar serviços de saúde mental (p=0,01) e ser enfermeiro (p=0,00). Houve correlação positiva fraca entre a percepção da capacidade profissional e atitudes menos negativas. Este estudo é pioneiro na investigação de fatores associados a atitudes frente ao suicídio entre profissionais de enfermagem que atuam em emergências no contexto hospitalar e pré-hospitalar brasileiro. É importante investir em estratégias que promovam a saúde mental dos profissionais, melhores atitudes e preparo para a qualificação da assistência