Biotransformações da bacarina da própolis verde utilizando fungos filamentosos e bactérias da microbiota intestinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fonseca, Adriany Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-29062021-151222/
Resumo: A própolis verde (PV) é um produto apícola de grande valor comercial e medicinal e dentre seus constituintes encontra-se a bacarina, uma das substâncias majoritárias encontradas na Baccharis dracunculifolia, principal fonte botânica da própolis verde. A bacarina (Ba) destaca-se por inibir a enzima aldo-ceto redutase 1C3, responsável por aumentar a proliferação de células cancerígenas na próstata e na mama. Os estudos de biotransformação são uma das alternativas de obtenção de análogos bioativos partindo do princípio da química verde. Neste estudo foram realizados estudos de biotransformação da bacarina com fungos filamentosos, bactérias do trato gastrointestinal e levedura probiótica. Na primeira etapa procedeu-se com o isolamento da bacarina para o qual foram usadas duas estratégias: cromatografia contracorrente de alta velocidade e cromatografia sob pressão reduzida. Após a obtenção da substância isolada foram realizados ensaios de microdiluição em microplaca com objetivo de determinar os valores de concentração inibitória mínima, concentração fungicida mínima e concentração bactericida mínima frente aos microrganismos utilizados nos processos de biotransformação. Posteriormente, realizou-se triagens com os fungos Cunninghamella elegans ATCC 10028b e Aspergillus alliaceus ATCC 10060, com a bactéria Escherichia coli ATCC 25922, com a levedura probiótica Saccharomyces boulardii, e com as bactérias probióticas Lactobacillus jhonsonii ATCC 53544 e L. acidophillus ATCC 3320. Após as análises optou-se por ampliar os processos de biotransformação conduzidos com os fungos, com a bactéria E. coli e com a levedura. Foram isolados dois produtos de biotransformação do processo desenvolvido com A. alliaceus com 7,2 e 9,5% de rendimento, um produto de cada um dos processos conduzidos com o fungo C. elegans, bactéria E. coli e a levedura S. boulardii com 5,5, 50 e 11 % de rendimento, respectivamente. Dois produtos de biotransformação isolados foram descritos na literatura como metabólitos secundários de fungo marinho e de fungo endofítico e um como derivado do ácido cumárico descrito em uma patente. Dos processos conduzidos com E. coli e S. boulardii obteve-se o produto de biotransformação identificado como drupanina, um metabólito secundário encontrado na própolis verde. De maneira geral, os resultados obtidos neste estudo contribuem com a obtenção de novos análogos da bacarina, bem como para o entendimento do metabolismo de um dos constituintes da própolis verde.