Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Braga, Luis Felipe Emanuel Faleiros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-10012017-103536/
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Resumo: |
Estima-se que o número de exames diagnósticos em Medicina Nuclear cresça a uma taxa de 5% ao ano, ocasionando aumento das exposições de pacientes, familiares e meio ambiente às radiações ionizantes. O intuito dos guias de referência em exames diagnósticos (DRL) é a padronização das técnicas e a diminuição das exposições ao mínimo possível e estritamente necessárias para a realização do exame médico, todavia, a área de Medicina Nuclear brasileira não possui este tipo de guia, favorecendo o descontrole das exposições e incremento de riscos associados. O principal objetivo deste estudo foi a elaboração de um DRL para a área de Medicina Nuclear com base nos tipos de exames, atividades administradas, técnicas adotadas e parque de equipamentos disponíveis no país. Formulários foram enviados para todos os Serviços de Medicina Nuclear do Brasil - SMNs (~430) visando obter essas informações, bem como os tipos de ajustes das atividades de acordo com a idade e o peso corpóreo dos pacientes. Os dados foram analisados e como proposta de DRL, considerou-se o valor do percentil 75 (P75) da atividade máxima administrada em cada exame. Um total de 107 SMNs, representando 14 estados brasileiros e o Distrito Federal, responderam ao questionário. Dos 64 diferentes procedimentos diagnósticos analisados, as cintilografias óssea, renal e paratireoide são disponibilizadas em mais de 85% de todos os SMNs analisados. As atividades administradas para um mesmo tipo de exame apresentaram uma alta taxa de dispersão, alcançando diferenças superiores a 20 vezes entre o menor e maior valor praticado. Exames diagnósticos envolvendo os radioisótopos 67Ga, 201Tl e 131I foram observados como os geradores de maior dose de radiação aos pacientes. O ajuste das atividades para pacientes pediátricos tem levado em consideração a regra de Webster, regra de três simples e ajustes empíricos de acordo com o peso corpóreo dos pacientes. Com a aplicação dos valores de atividade propostos como DRL na rotina clínica, pode-se alcançar uma redução mínima de 15%, máxima de 95% e média de 50% em relação às atividades atualmente aplicadas. Ao todo, foram encontrados 189 equipamentos de imagem em funcionamento, sendo principalmente de quatro fabricantes diferentes (Elscint, GE, Philips e Siemens). A variabilidade das atividades administradas para um mesmo tipo de exame, respeitando as diferenças tecnológicas, pode refletir a falta de controle das exposições à radiação e a inexistência de um guia de referência nacional para a área de Medicina Nuclear, assim como também exemplificar a diversidade de protocolos de imagem praticados no país. A adoção de um DRL para a área de Medicina Nuclear poderia contribuir consideravelmente para o controle das exposições e padronização da técnica, ofertando à população exames de alta tecnologia e de riscos controlados |