A construção do personagem no documentário brasileiro contemporâneo: autorrepresentação, performance e estratégias narrativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ramos, Clara Leonel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-18112013-161946/
Resumo: A pesquisa tem por objetivo investigar o processo de construção de personagens na produção documentária brasileira contemporânea a partir da noção de autorrepresentação do sujeito filmado, tendo como hipótese inicial a ideia de que o estatuto da personagem no filme se define a partir da tensão entre a performance da pessoa real, seu projeto de atuação e as estratégias enunciativas do autor. Partindo da apresentação de uma proposta de definição da autorrepresentação - que rejeita a premissa de que a encenação deva ser analisada dentro do binômio de verdade e falsificação - a pesquisa se desenvolve tendo como recurso fundamental a análise fílmica imanente. Foram selecionados quatro filmes brasileiros contemporâneos como corpus central de análise: Entreatos (João Moreira Salles, 2004), Juízo (Maria Augusta Ramos, 2007), Serras da Desordem (Andréa Tonacci, 2008) e Jogo de Cena (Eduardo Coutinho, 2007). As análises fílmicas se organizam a partir dos diferentes níveis de consciência dos sujeitos filmados em relação à própria performance e buscam investigar até que ponto essa consciência implica num maior ou menor nível de autenticidade. Conectando os dois eixos centrais de reflexão - do desempenho e das estratégias enunciativas que o transcendem - se coloca a questão que sintetiza o desafio maior da pesquisa: como avaliar o quão bem representada é uma pessoa?