Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Bonaldi, Eduardo Vilar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20092010-172738/
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Resumo: |
A presente pesquisa tomou por objeto os investidores pessoa física no mercado de ações brasileiro. Este universo de investidores comumente denomina-se e é igualmente denominado - pelas demais instâncias e agentes do mercado financeiro como \'pequenos investidores\', independentemente do capital de que dispõe para seus investimentos acionários, da experiência ou do conhecimento que possuem sobre a bolsa de valores. A pesquisa desenvolve uma análise sobre como fatores sociais, culturais e tecnológicos modelam, afetam e influenciam a ação e a cognição econômica neste universo particular de investidores. Onze entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com pequenos investidores, duas com profissionais que atuam na área de \'educação\' do pequeno investidor, acompanhamos igualmente palestras e work-shops destinados a este público, bem como sites, fóruns de Internet e palestras virtuais frequentados por este público investidor. A análise deste material empírico conjugada ao estudo da bibliografia própria à área da Sociologia Econômica resultou na identificação e no estabelecimento de cinco instâncias de modelação da ação econômica, cinco espaços de mediação nos quais os indivíduos desenvolvem e exercem seus modos de operação prática neste mercado a partir de fatores ou dimensões sociais, culturais e tecnológicas. Estas cinco instâncias podem ser resumidas da seguinte maneira: 1. influência dos agentes e das iniciativas voltadas à educação do pequeno investidor em bolsa de valores, 2. o impacto das redes sociais para a operação prática dos pequenos investidores, 3. a conformação de estilos de operação e de tomada de riscos na bolsa ( grosso modo, \'conservadores\' ou \'arrojados\') a partir de identidades ou papeis sociais reivindicados e assumidos pelos pequenos investidores, 4. o papel de softwares e tecnologias que assessoram e equipam o pequeno investidor e, finalmente, 5. a constante associação entre o investimento em bolsa e o universo cultural dos jogos. Em oposição ao paradigma neoclássico das ciências econômicas, o estudo concluí que, em suas tentativas de cálculos e maximizações racionais, os indivíduos não são unidades auto-referenciadas e/ou auto-suficientes, ao contrário, seus cálculos e maximizações são constituídos a partir de fatores ou dimensões sociais, culturais e tecnológicas. |