Efeito da suplementação crônica com leucina na composição corporal e no estado protéico de ratos submetidos à restrição alimentar e a período de recuperação nutricional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pedrosa, Rogerio Graça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-31082007-145634/
Resumo: Diversos estudos demonstraram que a administração aguda de leucina é capaz de estimular a síntese protéica. Contudo, poucos estudos verificaram os efeitos crônicos dessa suplementação em parâmetros que refletem o estado nutricional protéico (ENP). O presente estudo avaliou o efeito da suplementação crônica com leucina na composição corporal e no estado protéico de ratos submetidos à restrição alimentar (RA) e a período de recuperação nutricional (RN). Foram realizados dois experimentos com 88 ratos Wistar machos e adultos que foram mantidos em gaiolas individuais, em ambiente climatizado e com ciclo biológico de 12 h claro/12 h escuro. No experimento I, 28 animais foram distribuídos em dois grupos: CON (ração AIN93-M) (n = 15) e LEU (ração suplementada com 0,59 % de L-leucina) (n = 13) e submetidos à RA de 50 % por seis semanas. No experimento II, 60 animais foram distribuídos em dois grupos: CON (ração AIN93-M) (n = 30) e LEU (ração suplementada com 0,59 % de L-leucina) (n = 30) e submetidos à RA de 50 % durante uma semana. Findo o período, 15 animais de cada grupo foram sacrificados; o restante dos animais (n = 15 por grupo) foi submetido a duas semanas de RN com suas respectivas rações. No período de RN, as rações foram consumidas ad libitum. Avaliou-se: a composição química da carcaça; a massa de órgãos e do músculo gastrocnêmio; os conteúdos e as concentrações de proteína, RNA e DNA no fígado e no músculo gastrocnêmio; as concentrações séricas de IGF-1, corticosterona, leptina, proteínas totais, albumina e globulina; e as concentrações plasmáticas de uréia e glicose. No experimento I, a suplementação reduziu a gordura corporal e aumentou as concentrações de proteína hepática e de RNA muscular. No experimento II, não houve alterações na massa do intestino e nos conteúdos de proteína e de RNA no fígado dos animais suplementados durante os períodos de RA e RN. A suplementação com leucina aumentou a uremia dos animais do grupo LEU, em relação ao grupo CON, após RN. Não houve diferença significativa na concentração de corticosterona sérica e no conteúdo protéico da carcaça e de tecidos específicos nos animais suplementados. Os resultados obtidos permitem sugerir que a suplementação crônica com leucina aumenta a perda de gordura e melhora alguns parâmetros do ENP na RA em longo prazo, sem alterar o conteúdo protéico da carcaça e de tecidos específicos. Também permitem sugerir que essa suplementação melhora alguns parâmetros do ENP durante variação de peso corporal.